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Porque é que Miguel Alves ainda continua no Governo?

Para o senhor primeiro-ministro, a ética republicana não existe, e muito menos a necessidade de dar explicações – a responsabilidade política foi engolida pela responsabilidade criminal.

Já passou uma semana desde que José António Cerejo publicou neste jornal uma história edificante sobre o negócio da construção de um centro de exposições na vila de Caminha, envolvendo o então presidente da câmara, Miguel Alves. O mesmo Miguel Alves que é desde há mês e meio secretário de Estado adjunto de António Costa – ou seja, não um distante camarada do partido, mas um homem escolhido por si, da sua responsabilidade e confiança directas, e que até ao momento se remeteu ao mais absoluto e escandaloso silêncio sobre as suspeitas em causa.

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