Alexandre Estrela: a estranheza numa imagem
Os trabalhos de Alexandre Estrela estão entre a materialidade e a imaterialidade, a fisicalidade e a expressão luminica das imagens.
O trabalho de Alexandre Estrela (n. Lisboa, 1971) tem uma dimensão de profundidade rara quando se tenta pensar as imagens quer a partir da sua materialidade, como na pintura ou no desenho, quer a partir da sua imaterialidade, enquanto existências luminicas ou feixes de luz a invadir o espaço. Os trabalhos de Estrela operam precisamente nesta dobra: estão entre a materialidade e a imaterialidade, entre a fisicalidade e a expressão totalmente lumínica das imagens. Como se o artista estivesse empenhado em levar-nos ao ponto de uma quase absoluta imaterialidade, sabendo ele (e nós) do perigo desse passo, porque à total imaterialidade da imagem corresponde a sua invisibilidade e, logo, uma forma de cegueira.
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