É muito provável que já tenha chegado ao fim do dia com a sensação de ter forçado demasiado os olhos, o que, com o crescente uso e abuso de ecrãs, se calhar não é raro. Mas a verdade é que, embora tenham a sua responsabilidade na matéria, os dispositivos electrónicos não são os únicos maus da fita. Há outros hábitos, que até podemos julgar inofensivos, mas que também prejudicam a saúde da visão, pelo que convém começar já a substituí-los por outros.

Este apelo à mudança de hábitos não é em vão, uma vez que, em 2020, 1,1 bilião de pessoas no mundo tinham deficiência visual por perda de visão ao longe ou presbiopia (dificuldade em ver ao perto como consequência da idade) não corrigida. E o pior é que o futuro não parece muito animador, estimando-se que, em 2050, aquele número aumente para 1,8 biliões, de acordo com dados da The Lancet Global Health Commission on Global Eye Health. Há, pois, que tomar medidas urgentes para evitar os piores cenários e muito pode ser feito por cada um de nós, individualmente. Confira aqui os oito hábitos que deve começar a mudar já hoje para melhor proteger os seus olhos.

1 - Esfregar os olhos: Que atire a primeira pedra quem nunca esfrega os olhos, uma vez que esta é daquelas coisas que todos, de alguma maneira, acabamos por fazer sem pensar. Se for um comportamento esporádico poderá não ter consequências de maior (embora seja de evitar), mas o problema surge com a repetição excessiva e agressiva do gesto, que pode danificar o cristalino (a lente do olho) ou a córnea. Com efeito, há evidência de que coçar vigorosamente os olhos pode ser um factor de risco para desenvolver doenças como queratocone (uma alteração progressiva da córnea), entre outros problemas, além de que os olhos são uma importante porta de entrada para agentes infecciosos, como vírus e bactérias.

2 - Não usar óculos escuros (ou usar, mas de má qualidade): Tão mau como não usar óculos escuros para proteger a visão dos malefícios dos raios solares é usá-los de má qualidade, isto é, cujas lentes não possuem uma adequada protecção contra os raios ultravioleta. Degenerescência macular, cataratas, pinguécula ou pterígio são apenas alguns dos problemas de visão que podem surgir devido à exposição solar sem uma boa protecção ocular. Usar óculos escuros mesmo de Inverno é também importante, pois estes permitem proteger da agressividade do vento (causador de alergias e secura ocular), do reflexo do sol na neve e ainda reduzem a fadiga visual.

3 – Usar ecrãs durante várias horas seguidas: Dissemos ali em cima que este não é o único mau hábito no que toca à saúde dos olhos, mas é inegável que é dos piores. Usar ecrãs de computador, telemóvel ou tablet durante períodos muito prolongados, e frequentemente com iluminação deficiente, pode prejudicar gravemente a saúde ocular. Síndrome da visão do computador (SVC) é o nome que os especialistas dão a este problema que atinge cada vez mais pessoas no mundo e que se caracteriza por ardor, lacrimejar frequente, olhos vermelhos e dores de cabeça. Também a miopia (dificuldade em ver ao longe) aparece cada vez mais relacionada com a utilização prolongada de ecrãs. Para prevenir a SVC, recomendam-se pausas frequentes, por exemplo, a cada 20 minutos de utilização de ecrãs, olhar para longe durante 20 segundos pelo menos. Desconectar durante o fim-de-semana e reduzir o tempo de ecrã nas horas antes de dormir são outros (bons) hábitos que podemos adoptar.

4 – Esquecer de piscar os olhos com frequência: Piscar os olhos tem a importante missão de os lubrificar e limpar de impurezas, pelo que não o fazer contribui para secura ocular, ardor e comichão. Em média, um adulto tende a piscar os olhos entre 15 a 20 vezes por minuto, mas quando está a usar um ecrã, por exemplo, o número diminui para cerca de metade. Tente lembrar-se disto quando estiver a passar os olhos no feed das redes sociais e… pisque os olhos.

5 – Não visitar o especialista de visão com regularidade: Fazer rastreios visuais é importante para detectar precocemente eventuais problemas refractivos ou doenças oftalmológicas, até porque há patologias oculares que, se não forem tratadas ou corrigidas a tempo, evoluem de forma irreversível. Mas o que é espantoso é que através de um simples exame de visão é ainda possível diagnosticar doenças como aneurismas, lúpus, esclerose múltipla e muitas outras. Aconselhe-se com o seu especialista de visão Alberto Oculista sobre a periodicidade do rastreio, tendo em conta a sua idade e condição de saúde.

6 – Praticar uma alimentação pouco saudável e fumar: Estes dois hábitos não fazem bem a nada e os olhos não são excepção. Uma dieta pobre em nutrientes, rica em gorduras e açúcar é prejudicial à saúde visual, devendo antes privilegiar-se uma alimentação equilibrada e rica em vitaminas e antioxidantes, com inclusão de fruta, legumes, verduras, peixe e ovos. O álcool é de evitar, assim como o tabaco, claro. Em relação a este último, sabe-se que a degenerescência macular e as cataratas tendem a piorar com o tabagismo.

7 – Dormir com lentes de contacto: Acontece que quando o sono e o cansaço falam mais alto a remoção das lentes de contacto deixe de ser uma prioridade. Mas este é um péssimo hábito para a saúde visual, sobretudo quando em causa estão lentes não apropriadas para uso prolongado. Outro hábito que também não abona nada a favor da saúde ocular é o de não trocar as lentes descartáveis na periodicidade certa, o que também é um hábito (infelizmente) comum.

8 – Usar maquilhagem antiga e dormir sem removê-la: É bem sabido que usar maquilhagem fora de prazo ou dormir sem removê-la é dos piores hábitos para uma pele que se quer saudável e luminosa. Mas o mesmo se pode dizer também a quem quer manter uns olhos sãos. Ir para a cama sem desmaquilhar os olhos e insistir em usar sombras e máscaras antigas é meio caminho andado para infecções oculares, irritações, arranhões e reacções alérgicas.

Óculos personalizados: já tem os seus?

Agora que tomou consciência dos hábitos que podem comprometer a saúde ocular, é muito possível que comece a questionar-se sobre como estarão os seus olhos. Para responder a esta dúvida, o melhor mesmo é fazer um rastreio visual, bastando, para tal, deslocar-se a uma das quase 70 lojas Alberto Oculista existentes em todo o país, incluindo ilhas.

E se está entre o número crescente de pessoas que precisa de usar óculos, aproveite e experimente o inovador Serviço Óculos 100% à Medida, um exclusivo da Alberto Oculista em Portugal. Recorrendo ao software VEA (Virtual Eyewear Assistant), este serviço permite a produção de umas armações totalmente personalizadas, desenhadas com base nas exactas medidas do rosto do cliente, e ainda de acordo com as suas opções estéticas, necessidades e características. Além de permitir a escolha da cor, tamanho, formato, padrão e até a integração de inscrições ou outros pormenores nas armações, o serviço garante a total adaptação destas ao rosto da pessoa, assegurando o conforto que tantas vezes é difícil de conseguir. Tendo em conta as suas características únicas e inovadoras, este produto foi já distinguido com os prémios Cinco Estrelas 2022 e Produto do Ano 2021, atribuídos pelos consumidores.

Fontes:

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• Blehm, Clayton et al. (2005), “Computer Vision Syndrome: A Review”, Survey of Ophthalmology, 50(3).
• Burton, Matthew J. et al. (2021), “The Lancet Global Health Commission on Global Eye Health: vision beyond 2020”, The Lancet Global Health Commission, 9(4).
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• Holden, Brien A. et al. (2016), “Global Prevalence of Myopia and High Myopia and Temporal Trends from 2000 through 2050”, Ophtalmology.
• Lawrenson, John G. e Laura E. Downie (2019), “Nutrition and Eye Health”, Nutrients., 11(9).
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• Mukamal, Reena (2022), “20 Surprising Health Problems an Eye Exam Can Catch”, American Academy of Ophtalmology, disponível em: https://www.aao.org/eye-health/tips-prevention/surprising-health-conditions-eye-exam-detects, acedido em: 11/10/2022.
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