Turismo recuperou no Verão mas estrangeiros ainda estão aquém de 2019
Dados de Setembro do INE mostram que houve uma variação positiva de 2,9% no terceiro trimestre, mas as dormidas de residentes cresceram 10,8% e as de não residentes desceram 0,8%.
O mês de Setembro confirmou a tendência de recuperação do turismo, com o sector do alojamento a contabilizar 2,9 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas, bastante acima do ano passado e mais 0,2% e 0,7%, respectivamente, face a idêntico período de 2019 (pré-pandemia).
De acordo com a estatística rápida da actividade turística divulgada esta segunda-feira pelo INE, o mercado externo foi responsável por 5,2 milhões de dormidas em Setembro, -3,2% face a 2019, e o interno subiu 10%. No total de 2,9 milhões de hóspedes, 1,1 milhões foram portugueses e 1,8 milhões fora estrangeiros.
Com os dados de Setembro já é possível fazer uma análise ao Verão, período em que, de acordo com o INE, houve uma subida de 2,9% no total de dormidas face a 2019, impulsionada pelo mercado interno. Segundo o INE (que não contabiliza os dados de alojamento local com menos de dez camas), as dormidas de residentes no terceiro trimestre cresceram 10,8%, mas no caso dos não residentes a variação foi de -0,8%.
Olhando para o mercado britânico, que está no topo dos mercados emissores, as dormidas em Setembro ficam abaixo das de idêntico período de 2019, com -3,2%. Também as dormidas dos alemães e dos espanhóis ficaram abaixo dos valores de 2019, com -11,9% e -0,3%, respectivamente. Em sentido contrário, o mercado norte-americano manteve a tendência de crescimento, com uma subida de 38,2% quando comparado com o mesmo mês de 2019. Os EUA superaram a França e colocaram-se como o quarto maior mercado externo no mês em análise, com 453,5 mil dormidas.
Segundo o INE, que na estimativa rápida não analisa as receitas do sector, em Setembro apenas o Algarve e o Centro registaram decréscimos de dormidas (-9,2% e -3,3%, respectivamente) face ao mesmo mês de 2019. “Os maiores aumentos”, refere a instituição de estatísticas, ocorreram na Madeira, com mais 17%, seguindo-se o Norte com mais 8,7%, e os Açores com mais 8,2%.