Lula da Silva faz o pleno em Lisboa, Porto e Faro e vence em Portugal
De acordo com os dados oficiais, a vitória mais expressiva de Lula registou-se no Porto, com o ex-Presidente brasileiro a somar 64,8% (9450 votos).
O candidato presidencial do PT às eleições brasileiras deste domingo, Lula da Silva, ficou à frente do seu opositor, Jair Bolsonaro, em Portugal, tendo vencido as votações da comunidade brasileira radicada em Faro, no Porto e em Lisboa.
De acordo com dados avançados por uma representante do PT, a vitória mais expressiva de Lula registou-se no Porto, com o ex-Presidente a somar 64,8% dos votos (9450), subindo em relação à primeira volta na jurisdição do Consulado do Brasil no Porto (quando tinha registado 59%), que regista os votos dos cidadãos residentes no Norte do país. Bolsonaro obteve no Porto apenas 35,2% (5134 votos).
Em Lisboa, Lula venceu com 64,5% (mais de 12 mil votos), de acordo com dados divulgados pela RTP3. Bolsonaro perdeu com 34,5% (cerca de 7 mil votos) na capital portuguesa. Os resultados representam uma subida face à primeira volta, na qual o candidato do PT conseguiu 61,5% (11.816 votos) e o actual Presidente do Brasil obteve 30,6% (5876 votos) na capital.
Já em Faro, Lula ficou à frente do seu opositor com 52%, de acordo com os dados divulgados pela CNN Portugal. Bolsonaro recebeu 48% dos votos, obtendo aqui o seu melhor resultado, ainda assim aquém do adversário.
A capital portuguesa é o maior colégio eleitoral fora do Brasil, à frente de Miami e Boston, nos EUA. Ao todo, há 45.273 eleitores nas 58 mesas de voto electrónico em Lisboa e 80.866 no total do país.
No Porto, o número de eleitores aptos para votar nestas eleições era de 30.098. Em Faro votaram 5525 eleitores brasileiros e houve sete mesas de voto nas instalações do próprio consulado.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro, Alexandre de Moraes, afirmou em conferência de imprensa que “tudo correu muito bem” com o processo eleitoral e que, ao contrário do que aconteceu na primeira volta, as filas foram “pouquíssimas e muito pequenas” no Brasil.
Mas alertou que nas próximas eleições gerais “haverá necessidade de mais urnas” no exterior, em países como Portugal e França, visto que houve “algumas filas” embora tenham sido enviados 70 servidores, em conjunto com o Tribunal Regional Eleitoral, “para auxiliar nos consulados e nas embaixadas”.