Benfica dá nova prova de força e afasta a concorrência

Os “encarnados” derrotaram sem dificuldades o Desp. Chaves, por 5-0, na 11.ª jornada da I Liga, e já têm oito pontos de vantagem sobre o FC Porto.

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EPA/MIGUEL A. LOPES

Mais um jogo, mais uma prova de força. O Benfica aumentou, neste sábado, o seu registo de invencibilidade para 21 jogos nesta temporada e, com uma goleada tranquila no Estádio da Luz frente ao Desp. Chaves (5-0), capitalizou da melhor maneira o empate do FC Porto nos Açores, tendo agora oito pontos de vantagem sobre os campeões nacionais - o Sp. Braga, se vencer, neste domingo, em Barcelos, pode ficar a seis pontos das “águias”. Numa partida em que o Benfica já vencia por 2-0 ao fim de uma dezena de minutos, marcaram pelos “encarnados” David Neres, Grimaldo, Gonçalo Borges, Peter Musa e Rafa.

Depois de uma semana perfeita para o Benfica - triunfo no Dragão e vitória contra a Juventus -, os “encarnados” tiveram uma dose extra de motivação com a notícia que chegou dos Açores cerca de meia hora antes do início da partida na Luz: o FC Porto tinha perdido dois pontos frente ao Santa Clara.

No entanto, o deslize “azul e branco” chegou já depois de Roger Schmidt escolher um “onze” que deixava claro que o treinador alemão não estava disposto a facilitar um milímetro. Com o apuramento para os “oitavos” da Liga dos Campeões assegurado, Schmidt relegou a partida em Haifa contra o Maccabi na próxima quarta-feira para segundo plano, colocando os habituais titulares em campo, com apenas uma alteração: Florentino ficou no banco e Neres voltou a ser titular.

E o internacional brasileiro acabou por ter um papel decisivo na forma como os “encarnados” desbloquearam a partida num par de minutos. Com uma entrada em campo a todo o gás, o Benfica conquistou dois cantos no primeiro minuto, teve a primeira oportunidade aos 80 segundos e, antes de se cumprir o segundo minuto, Neres tirou da cartola mais um grande golo: o extremo rematou em arco de fora da área e colocou o Benfica em vantagem

Para Vítor Campelos, era a pior notícia possível. Após vencer em Alvalade e em Braga apostando em estratégias de contenção e explorando depois o contra-ataque, o técnico do Desp. Chaves ficava forçado a aumentar o risco, mas, sem que conseguisse reagir, já estava a perder por 2-0: aos 10’, de livre directo, Grimaldo bateu Paulo Vítor pela segunda vez.

Com um futebol rápido e de qualidade, o Benfica procurou manter a intensidade, mas, quando baixou ligeiramente o ritmo, perto da meia hora, os trasmontanos mostraram-se ofensivamente pela primeira vez, mas, em dois lances separados por poucos segundos, Vlachodimos mostrou que não é na baliza que Schmidt terá motivos para preocupações.

Ao atrevimento momentâneo dos flavienses, o Benfica respondeu com o xeque-mate. Já com uma oportunidade flagrante desperdiçada no currículo, Gonçalo Ramos aproveitou um bom cruzamento de Aursnes e fez o sétimo golo no campeonato.

A gestão de Schmidt

Ao intervalo, Campelos corrigir o jogo amorfo da sua equipa com duas substituições (entraram Euller Silva e Juninho), apostando num sistema de três centrais, mas o Benfica continuou por cima e, aos 54’, apenas um fora de jogo de Aursnes impediu que Enzo marcasse mais um grande golo.

Sem a qualidade da primeira parte – o Benfica procurou gerir o esforço -, a segunda parte foi mais desinteressante e com menos jogadas de perigo perto da duas balizas. Com Schmidt a poupar alguns dos mais utilizados (saíram Bah, João Mário, Neres e Ramos), as “águias” apenas num par de ocasiões conseguiram causar perigo para Paulo Vítor, mas, aos 81’, Musa não perdeu a oportunidade para ganhar pontos juntos dos adeptos e voltar a marcar.

Fim de jogo? Nem por isso. Num grande momento, Rafa procurou o golo durante toda a partida, mas apenas conseguiu marcar já no período descontos, fechando a contagem do 21.º jogo sem perder do Benfica de Roger Schmidt.

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