O miúdo Diogo Costa que passou de promessa a certeza num ápice

Há pouco mais de dois anos, Diogo Costa fazia a sua estreia pelo FC Porto. Agora, afigura-se como titular da selecção nacional.

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Diogo Costa sorri após a vitória em casa do Bayer Leverkusen, por 0-3, para a Liga dos Campeões, num jogo em que defendeu um penálti e fez uma assistência. Reuters/THILO SCHMUELGEN

Por ser o primeiro guarda-redes de sempre a defender um penálti em três jogos consecutivos da mesma temporada na Champions League, Diogo Costa saltou à vista no futebol europeu. Mas há outros aspectos do jogo deste jovem de 23 anos que o colocam como (quase certamente) titular da baliza de Portugal no Mundial do Qatar.

Começando pela presente edição da liga milionária, Diogo Costa já leva três jogos sem sofrer golos – registo apenas superado pelos quatro de Simon Mignolet, do Clubb Brugge. Note-se que esses três jogos foram precisamente aqueles em que o guardião defendeu um penálti em cada um deles.

No que toca aos já “famosos” três penáltis que defendeu na Champions, os outros 44 guarda-redes que actuaram na competição esta época, defenderam um total de cinco. Devido a este feito, Costa tornou-se também no guarda-redes com mais penáltis defendidos pelo FC Porto (já são cinco).

Ainda assim, nesta competição, Costa sofreu 1,2 golos por jogo; não é o melhor nesse aspecto, mas iguala os registos de nomes bem conhecidos, tais como Gianluigi Donnaruma (PSG), Alisson (Liverpool), e é mesmo melhor do que o de Jan Oblak (do Atlético de Madrid).

Estas estatísticas têm maior impacto quando se nota que, dos guarda-redes titulares esta época na Champions, Diogo Costa é o segundo mais novo, com 23 anos, apenas atrás do ucraniano Anatoliy Trubin (do Shaktar Donetsk), com 21 anos.

Passando para a I Liga Portuguesa, esta época, Diogo Costa manteve a sua baliza inviolável por cinco vezes em 10 jogos – só Matheus, do SC Braga, e Vlachodimos, do SL Benfica, fizeram melhor até agora – tendo no total sofrido sete golos (o pior jogo foi a derrota por 3-1 em casa do Rio Ave).

De resto, apesar de o FC Porto ser a equipa, a seguir a SL Benfica e Sporting CP, que concede menos remates por jogo na I Liga (8,3), Costa tem sofrido 0,7 golos por jogo, sendo apenas batido pela “águia” Vlachodimos (0,5).

Outro dado curioso é que, em cinco jogos na Champions League, Diogo Costa já fez tantas defesas como nas 10 jornadas da I Liga – 18. Outra semelhança nas estatísticas do guarda-redes nas duas competições é que, em ambas, Costa defendeu 75% dos remates que enfrentou.

Em relação às performances de Costa por Portugal, estas tiveram um desfecho quase sempre feliz. Até agora são sete jogos (todos a titular), tendo Portugal ganho cinco, empatado um e perdido outro (estes dois últimos foram ambos frente a Espanha), e sofrido apenas três golos.

Passando ao jogo com os pés, Costa também deu nas vistas ao fazer uma assistência, esta época, frente ao Bayer Leverkusen. Esta foi a segunda vez que um guardião dos “dragões” fez uma assistência na competição, depois de Vitor Baía, numa partida frente ao Molde, na época de 1999/00.

Apesar de não ter a melhor média de passes certos por jogo (neste capítulo, na I Liga, acerta 75% dos passes que faz, 10 pontos percentuais atrás de Adán e de Vlachodimos), Diogo Costa já é uma certeza do futebol nacional e tem apresentado muitos argumentos para, em Novembro, ser o guardião de Portugal no Mundial.

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