Realizadora Regina Pessoa distinguida pela Academia Portuguesa de Cinema
Uma das mais premiadas autoras portuguesas de cinema de animação encontra-se actualmente a desenvolver o seu próximo filme, As Caras da Mãe.
A realizadora portuguesa Regina Pessoa, uma das mais premiadas do cinema de animação, foi distinguida com o Prémio Bárbara Virgínia, da Academia Portuguesa de Cinema e destinado a portuguesas ligadas ao cinema, revelou esta segunda-feira a organização à Lusa.
Regina Pessoa receberá o prémio a 4 de Novembro, na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, numa sessão em que serão exibidas quatro curtas-metragens de animação, que a colocam entre os nomes de referência do cinema de animação. São elas A noite (1999), História Trágica com Final Feliz (2005), Kali, o Pequeno Vampiro (2012) - filmes da denominada "trilogia da infância" - e Tio Tomás, a Contabilidade dos Dias (2019).
Nascida em Coimbra, em 1969, Regina Pessoa é uma das mais premiadas realizadoras de sempre do cinema de animação português. História Trágica com Final Feliz e Kali, o Pequeno Vampiro somam mais de 80 distinções.
Três dos seus filmes fazem parte do Plano Nacional de Cinema e são objecto de estudo por crianças e jovens em escolas.
Juntamente com Abi Feijó, com quem começou a trabalhar na produtora Filmógrafo, Regina Pessoa é ainda uma das dinamizadoras da Casa-Museu de Vilar, no concelho de Lousada, dedicada ao cinema de animação e às imagens em movimento.
Em 2018, Regina Pessoa foi convidada para ser membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que atribui anualmente os Óscares.
“Com uma visão artística pessoal distinta expressa não apenas nos seus filmes, mas também através da ilustração, pintura e desenho, encontra-se actualmente a desenvolver o seu próximo filme, As Caras da Mãe”, revela a Academia Portuguesa de Cinema.
O Prémio Bárbara Virgínia foi criado em 2015 pela Academia Portuguesa de Cinema “para homenagear mulheres que tenham contribuído de forma notável para o cinema português” e para não deixar cair no esquecimento aquela que é considerada a primeira realizadora portuguesa de cinema. Bárbara Virgínia morreu em 2015, com 92 anos, no Brasil, praticamente desconhecida dos portugueses.
O prémio foi já atribuído às actrizes Leonor Silveira e Laura Soveral, à colorista Teresa Ferreira, à actriz e realizadora Júlia Buisel, à realizadora Solveig Nordlund e à figurinista Manuela Gonzaga.
A atribuição do Prémio Bárbara Virgínia a Regina Pessoa acontece num ano em que a Academia Portuguesa de Cinema deu especial destaque ao cinema de animação, nomeadamente com a entrega do Prémio Sophia de carreira ao produtor e realizador Abi Feijó.