Universidade de Aveiro cria programa para ajudar crianças com problemas de linguagem
O “Prosyntax” é um programa de treino da linguagem escrita e oral com recurso a suportes visuais, como imagens ou texto. Este trabalho desenvolvido na academia aveirense será brevemente colocado no mercado.
A Universidade de Aveiro (UA) criou um programa para minimizar os problemas de linguagem oral e escrita em crianças, que deverá ser colocado brevemente no mercado.
O programa foi desenvolvido “com o principal objectivo de promover competências sintácticas em crianças de idade pré-escolar e escolar”, informa a universidade em comunicado. Designado “Prosyntax”, o programa tem como público-alvo profissionais da área da saúde e educação que contactem com crianças de idade pré-escolar e escolar, como terapeutas da fala, educadores de infância e professores.
O programa, que inclui um manual em papel e um conjunto de ilustrações, foi licenciado para a empresa Trilhos de Mudança, que o deverá colocar brevemente no mercado.
Galardoado com o prémio colectivo de investigação científica Maria Lutegarda, promovido pela Fundação AFID Diferença, o programa foi desenvolvido por um grupo de investigação liderado por Marisa Lousada, investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e professora da UA, e Alexandrina Martins, membro do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa.
A investigação vai prosseguir com o intuito de avaliar os efeitos da aplicação do “Prosyntax” em crianças com perturbação do espectro do autismo e com perturbação do desenvolvimento da linguagem que apresentem dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita.
Segundo Marisa Lousada, este é um programa “que visa melhorar as competências sintácticas de crianças com perturbação de linguagem, considerando a abordagem metalinguística que apresenta um elevado nível de eficácia”.
“Esta abordagem propõe a realização de um treino explícito da linguagem, com recurso a suportes visuais (escrita ou imagens) e à codificação de partes do discurso por meio de um sistema de cores e formas”, refere a investigadora, citada na página do CINTESIS aquando da recepção do prémio Maria Lutegarda, em Janeiro.