Rithy Panh filma o essencial (que talvez não se veja)
Um dos mais importantes cineastas documentais contemporâneos, o cambojano sobreviveu ao regime dos Khmer Vermelhos e tem passado a sua carreira a pugnar contra o esquecimento. Em Portugal para mostrar Everything Will Be OK no Doclisboa, falou do seu cinema, da ditadura das redes sociais e de Fernando Pessoa.
Rithy Panh (Phnom Penh, 1964) já tinha estado em Portugal — foi júri no Doclisboa de 2012, festival onde muitos dos seus filmes têm sido mostrados — mas a sua visita ao festival, em 2022, trouxe-lhe algo de novo e de importante: o encontro com uma citação de Fernando Pessoa, ou melhor de Álvaro de Campos, da Tabacaria — “não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”
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