A vida dos professores em monodocência: trabalham mais horas e têm menos regalias
Movimento criado nas redes sociais vai pedir a fiscalização do Estatuto da Carreira Docente por considerarem que este viola o princípio da igualdade estipulado na Constituição. António Costa já reconheceu que educadores de infância e professores do 1.º ciclo vivem numa situação de “efectiva discriminação”.
Variados estudos e inquéritos têm mostrado que muitos professores vivem em estado de cansaço crónico. Como se sentirá então uma educadora de infância de 57 anos que continua a ter de acompanhar crianças dos três aos cinco anos todos os dias, ao ritmo de cinco horas diárias? “Exausta”, confessa Paula Gomes, que se iniciou na profissão em 1985 e que continua hoje a ter as mesmas obrigações lectivas que tinha há quase 40 anos. Ou seja, 25 horas semanais de aulas. Como o horário de trabalho dos professores é de 35 horas por semana, a esta carga horária juntam-se mais 10 horas de trabalho sem ser lectivo, onde se incluem, entre outras tarefas, a supervisão de projectos, os contactos com os encarregados de educação e muitas reuniões.
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