A luta de classes no Brasil escrita por Chico Buarque, agora numa versão “enegrecida” — e mais real

Em Gota d’Água {Preta}, o actor e encenador Jé Oliveira faz uma releitura da peça Gota d’Água, de Chico Buarque e Paulo Pontes, com um elenco maioritariamente negro, rap, funk carioca e o desgoverno de Bolsonaro sempre à espreita. Um clássico da dramaturgia brasileira que nunca deixou de espelhar as desigualdades raciais, sociais e económicas que estrangulam um país, para ver entre esta quarta-feira e domingo em Coimbra, Porto e Aveiro.

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Gota d'Água {Preta} é apresentada no âmbito da Mostra São Palco, ciclo de teatro brasileiro a decorrer até Dezembro Elma Santos

Em 1975, durante a ditadura militar brasileira, Chico Buarque e Paulo Pontes conseguiram driblar a censura e levar a palco a peça de teatro musical Gota d’Água, que a partir da metáfora de uma traição conjugal traça uma longa e lúcida cartografia da luta de classes no Brasil e das várias entorses democráticas associadas.

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