Ao rever um filme americano, reencontro esse desapercebido e teimoso figurante. Falo do vagabundo que, em segundo plano, atravessa mil filmes de Hollywood. Alheado de perseguições, enredos amorosos, invasões marcianas e outros apocalipses, ei-lo a aquecer as mãos em Nova Iorque, Los Angeles ou Chicago. Para o espectador que eu fui, passava por mim qual sombra, entre tantas outras. Hoje, detenho-me nele. Ou é ele que me detém.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.