O vírus da Taça atacou vários clubes mas foi no Sporting que causou mais dor

Os “leões” foram derrotados pelo Varzim, clube do terceiro escalão do futebol nacional.

varzim-sc,futebol,sporting,desporto,taca-portugal,futebol-nacional,
Fotogaleria
O desalento dos jogadores do Sporting após a eliminação da Taça de Portugal LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
A festa dos jogadores do Varzim após o golo da vitória sobre o Sporting
Fotogaleria
A festa dos jogadores do Varzim após o golo da vitória sobre o Sporting LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
Fotogaleria
Rúben Amorim, treinador do Sporting LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
varzim-sc,futebol,sporting,desporto,taca-portugal,futebol-nacional,
Fotogaleria
João Faria, autor do golo do Varzim LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
varzim-sc,futebol,sporting,desporto,taca-portugal,futebol-nacional,
Fotogaleria
O desalento dos jogadores do Sporting após a eliminação da Taça de Portugal LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
Fotogaleria
Tiago Margarido, treinador do Varzim LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO

O vírus andava por aí, a ameaçar. Na véspera, o Benfica ainda cambaleou e só se livrou de uma queda ruidosa no desempate nas grandes penalidades. No próprio dia, o Sp. Braga evitou estatelar-se com um golo no último minuto, coisa que outros sete emblemas da I Liga não foram capazes de fazer, acabando eliminados por emblemas de escalões inferiores. Apesar de avisado, o Sporting foi incapaz de escapar ao vírus e perdeu com o Varzim por 1-0, sendo afastado da Taça de Portugal na primeira eliminatória em que participou na edição deste ano.

A competir na Liga 3, o Varzim apresentava como cartão de visita, uma defesa muito sólida, que desde o início da temporada apenas tinha consentido dois golos em sete jogos e nenhuma derrota. E o Sporting, que subiu ao relvado do Gil Vicente — os varzinistas não puderam jogar no seu estádio devido a obras de melhoramento — pareceu levar a sério essas credenciais. Rúben Amorim promoveu apenas quatro alterações em relação ao último “onze” que alinhou na Liga dos Campeões e algumas delas motivadas por lesões. Assim, saíram Coates, Esgaio, Ugarte e Pote e entraram Marsà, Porro, Sotiris e Paulinho.

Só que desde cedo se percebeu que o actual Sporting já entrou em campo com outras “doenças” no corpo e que o “vírus da Taça” era apenas mais uma maleita a juntar a outras que têm transformado este início de temporada uma dor de cabeça. Com quase tantas derrotas como vitórias esta temporada (7/5, uma relação que com o desaire de ontem passou a ser de 7/6), os “leões” estiveram sempre muito nervosos. Os jogadores protestavam contra o árbitro de forma recorrente, muitas vezes sem razão, sintoma evidente de intranquilidade.

Apesar de ter assumido desde cedo o domínio da partida, ocasiões de perigo junto da baliza de Ricardo quase nenhumas e nem sequer se pode dizer que os varzinistas defendessem muito próximo da sua baliza — isso só começou a acontecer verdadeiramente nos últimos 20 minutos de jogo, depois do golo que os colocou em vantagem. Por isso, havia espaço para os sportinguistas jogarem, só que os “leões” ou não o aproveitavam, ou não conseguiam imprimir a velocidade e imprevisibilidade necessárias para desestabilizar um bloco defensivo varzinista solidário.

A consequência disto foi uma crescente confiança nos homens do Varzim, que foram acreditando que era possível “haver Taça”. E como os poveiros nunca deixaram de tentar incomodar Franco Israel, tendo mesmo chegado a dispor de algumas das mais perigosas oportunidades de golo do jogo, concretizaram as ameaças numa bola parada, a 20 minutos dos 90’, com João Faria a ser o herói.

Estava feito o mais difícil. Depois foi só “aguentar” a pressão sportinguista, que apesar de intensa não foi capaz de criar ocasiões de golo iminente e a festa foi poveira.

Sexto classificado na Liga portuguesa à 9.ª jornada, a nove pontos do líder Benfica e a seis do FC Porto, com duas derrotas nos mais recentes jogos da Champions que podem comprometer o seu futuro na Liga dos Campeões, somando quase tantas derrotas como vitórias desde que a época começou e eliminado na Taça de Portugal de forma prematura por um clube do terceiro escalão... Pode não saber a crise, mas cheira a crise.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários