Carta a Forough Farrokhzad

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A poesia, que extravasa para a imagem, resgata a humanidade dos moradores de uma leprosaria: The house is black (1962), de Foorough Farrokhzad

Na minha noite, tão breve, envio-te — como no teu poema, em que o vento tem encontro com as folhas das árvores — notícias do teu país. No Irão, as mulheres, em luto, a sua dor convertida em protesto, cortam o cabelo e queimam a hijab. À data em que te escrevo — 3 de Outubro — morreram 133 pessoas em manifestações e, há dias, um amigo iraniano, Ehsan Khoshbakht, realizador e programador (que não pode regressar ao Irão sem ser preso, como está Jafar Panahi, por delito de opinião), enviou-me uma carta aberta, que assinei. Breve, incisiva, intitula-se Listen to the Voices of a Feminist Revolution in Iran [Oiçam as vozes de uma revolução feminista no Irão].

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