Governo prevê apoios a níveis pré-covid, mas economia é uma ameaça

Com as medidas covid quase desaparecidas, a proposta de OE assume ainda que os apoios dados às famílias e empresas por causa da inflação também serão menores em 2023, ajudando a reduzir o défice. O cenário de grande incerteza que se vive na frente económica, contudo, ameaça estes planos.

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Fernando Medina não espera uma recessão em 2023. Nuno Ferreira Santos

Depois de três anos em que, primeiro por causa da pandemia e depois por causa da escalada da inflação, o Estado foi chamado a distribuir mais apoios do que é normal às famílias e empresas, o Governo traçou no Orçamento do Estado um cenário em que este tipo de ajudas extraordinárias vão em 2023 reduzir-se substancialmente, sendo este um dos factores que mais contribui para que o défice caia para 0,9%. Uma entrada da economia em recessão ou o prolongamento de uma taxa de inflação muito elevada podem, no entanto, como já aconteceu nos anos anteriores, forçar o Executivo a refazer as contas.

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