Olho Animal no Doclisboa, ou um filme lisboeta sobre cães e cineastas
Radicado em Portugal há três anos, o francês Maxime Martinot propõe um filme-ensaio à sombra de toda a história do cinema, entre o documentário e a ficção, à volta da relação dos homens com os cães e dos artistas com a indústria.
O primeiro contacto que muitos irão ter com Olho Animal, a segunda longa-metragem de Maxime Martinot a concurso na Competição Portuguesa do Doclisboa, será o seu cartaz. Nele se reproduz a célebre fotografia de João César Monteiro com um letreiro ao pescoço que diz “CÃO”, com um cão ao seu lado com o letreiro “CINEASTA”. Como se a provocação de Monteiro fosse levada a sério por um filme cujo tema é precisamente o cruzamento dos olhares, “passar a câmara”, “passar o ponto de vista, dar a imagem e a palavra a alguém” nas palavras do seu autor.
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