FC Porto supera de novo o Bayer e já pensa seriamente nos “oitavos”

Alemães, que falharam novo penálti, não resistiram à frieza de Diogo Costa, à inspiração de Galeno e à calma de Taremi, com os “dragões” a isolarem-se no segundo lugar do grupo.

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Novo triunfo portista sobre o Bayer Leverkusen EPA/SASCHA STEINBACH

Exibições superiores de Diogo Costa e Galeno sublimaram, esta quarta-feira, importante triunfo (o segundo consecutivo) do FC Porto (0-3) sobre o Bayer Leverkusen, em plena BayArena, na Alemanha, a garantir aos portistas o segundo lugar isolado do grupo B da Liga dos Campeões, com seis pontos, decorridas que estão quatro jornadas.

Galeno marcou logo a abrir (6') o primeiro da noite para o FC Porto, com Taremi a bisar de penálti (53 e 64'), resolvendo um jogo que os alemães controlaram durante uma hora, depois de terem cometido o pecado capital de desperdiçar uma grande penalidade aos 17 minutos, que daria o empate a um golo.

Antes, depois de um início sem ascendente de qualquer equipa, o FC Porto chegou à vantagem num lance que justificou a aposta de Sérgio Conceição em Galeno. O extremo recebeu um passe de Diogo Costa e bateu Kossounou na velocidade, após bom domínio de primeira. A técnica e calma do brasileiro fizeram o resto, dando uma vantagem importante aos “dragões”.

Em estreia como treinador na Champions, Xabi Alonso programara a equipa para um jogo de alta intensidade, com três centrais, quatro médios e três avançados muito activos, que de imediato começaram a pressionar a defesa portista, “órfã” de Pepe.

Desta pressão resultaria um erro de Uribe, em cima do primeiro quarto de hora de jogo, com o colombiano muito lento na tentativa de anular um lance inócuo. Surpreendido por Bakker, Uribe cometeu um penálti desnecessário e que só não teve outras consequências porque Diogo Costa voltou a salvar os portistas, depois de já ter sido providencial no jogo do Dragão.

Aproveitou o FC Porto para tentar surpreender de novo os alemães, com Taremi a isolar-se mas a perder na velocidade com Hincapié, que ganhou a frente uma falta ofensiva quase imperceptível.

Por muito pouco, o Bayer Leverkussen não foi do céu ao inferno, acabando por sair sem danos de maior de uma situação que poderia ter sido bem mais complicada. Ainda em desvantagem, os alemães continuavam a carregar sobre o adversário português. Empenhado em justificar a aposta de Xabi Alonso, Bakker voltou a surgir na área para obrigar Diogo Costa a defender com a perna o que parecia um golo inevitável.

O FC Porto recuava, falhava as transições e perdia discernimento, acabando mesmo por ser batido perto dos 35 minutos, quando Adli aproveitou uma sequência de indecisões defensivas para colocar a bola nas redes portistas. Mas, se no lance do penálti a intervenção do VAR deixou o FC Porto em xeque, desta feita os “dragões” puderam respirar de alívio graças à acção involuntária de Schick, em posição irregular, no lance que teve a bola desviada pelas costas do avançado checo.

Sérgio Conceição via a sua equipa regressar às cabinas em vantagem pela primeira vez nesta edição da Liga dos Campeões.

Percebendo que João Mário estava fortemente condicionado e a abrir muito espaço para o Bayer Leverkusen, o treinador portista aproveitou para fazer uma alteração, poupando o lateral direito — que falha o próximo jogo com o Brugge — a um possível segundo cartão amarelo.

Evanilson era chamado para o ataque, recuando Pepê para a lateral, o que não impediu os alemães de entrarem decididos e a criarem logo uma situação de golo salva, in extremis, por Fábio Cardoso.

Mantinha-se a narrativa, com os portistas a cerrarem fileiras, mas sempre na expectativa de poderem ferir o Bayer com um segundo golo. Vantagem que os “dragões” acabariam mesmo por obter na sequência de um penálti sobre Galeno.

Pela terceira vez, o árbitro romeno falhava em lances capitais, assinalando a falta fora da área. O VAR acabaria por fazer justiça e corrigir a decisão, dando a Taremi a possibilidade de ampliar, com o iraniano a não desperdiçar. O árbitro redimiu-se pouco depois, assinalando novo penálti sobre Galeno, que Taremi transformou de novo.

O Bayer não desistiu e continuou a tentar o golo que lhe devolvesse alguma esperança, mas Diogo Costa estava intratável e absolutamente intransponível na baliza portista, que manteve segura até final.

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