Rússia define dona do Facebook como organização “terrorista e extremista”
A mudança abre a possibilidade de processos judiciais reforçados contra os utilizadores das empresas da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) que vivem na Rússia.
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A Rússia colocou oficialmente a gigante norte-americana Meta, detentora das plataformas WhatsApp, Facebook e Instagram, na lista de organizações “terroristas e extremistas”, abrindo a possibilidade de processos judiciais reforçados contra os utilizadores que vivem no país.
A informação foi avançada esta terça-feira pela agência noticiosa France-Presse (AFP).
Em Março, a Meta foi declarada uma organização “extremista” por um tribunal russo e as suas duas principais redes sociais, Instagram e Facebook, foram bloqueadas na Rússia. Em causa estava o facto de a rede social ter alterado as suas regras de discurso de ódio para permitir aos utilizadores apelar à violência contra os russos no contexto da guerra com a Ucrânia.
No entanto, ainda é possível aceder aos serviços através de redes virtuais privadas (VPN), que permitem aos utilizadores esconderem a sua identidade online ao aceder a sites através de servidores remotos.
Além da Meta, o movimento Vesná (Primavera), um movimento fundado em 2013 em São Petersburgo que organizou vários protestos contra a mobilização parcial de reservistas russos para combater na Ucrânia, também foi designado de “terrorista e extremista”
O Ministério Público acusou o movimento de realizar actividades destinadas a perturbar a ordem pública e a “inverter a ordem constitucional da Federação Russa”, através de acções “ilegais” para criar uma “opinião pública sobre a necessidade de mudança de poder”.
Além de se opor à “operação militar especial” russa na Ucrânia, o Vesná também defende a alternância de poder no Kremlin. O líder da oposição russa, Alexei Navalny, detido, acusou Putin de tentar matar centenas de milhares de pessoas, enviando-as “para a trituradora da guerra”.