Militar do curso de comandos que foi transplantado teve alta

Em 10 de Setembro, o Estado-Maior do Exército ordenou a interrupção do 138.º Curso de Comandos até ao apuramento do processo de averiguações, depois de dois militares terem sido hospitalizados.

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O 138.º Curso de Comandos foi interrompido até ao apuramento do processo de averiguações LUSA/MÁRIO CRUZ

O militar do curso de comandos que foi sujeito a um transplante hepático teve alta do Hospital Curry Cabral na sexta-feira, perante as melhorias registadas no seu estado clínico, informou neste sábado o Estado-Maior do Exército.

“O militar do Exército que se encontrava internado no Hospital de Curry Cabral, por ter sido sujeito a intervenção cirúrgica para transplante hepático, obteve alta hospitalar no dia 07 de Outubro de 2022, no seguimento das melhorias registadas”, avançou este ramo das Forças Armadas em comunicado.

Segundo adiantou, o militar encontra-se já em “convalescença no seu domicílio” e vai continuar a ser “acompanhado de forma próxima”, através de consultas de seguimento clínico no Hospital de Curry Cabral, decorrentes do tipo de intervenção cirúrgica a que foi sujeito.

Em 10 de Setembro, o Estado-Maior do Exército ordenou a interrupção do 138.º Curso de Comandos até ao apuramento do processo de averiguações, depois de dois militares terem sido hospitalizados.

Dez dias depois, a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, afirmou esperar conclusões do processo de averiguações no prazo de uma ou duas semanas, defendendo que as investigações devem ser “precisas e rigorosas”.

O Exército indicou um total de seis intervenções em estabelecimento hospitalar no âmbito do 138.º curso: ao militar que foi transplantado, a um segundo militar que sofreu uma interrupção respiratória e que teve alta nos dias seguintes, e ainda a quatro militares no Hospital das Forças Armadas, no polo de Lisboa, “decorrente da revista de saúde feita a todos os instruendos, em 08 de Setembro”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que visitou o militar hospitalizado e que foi sujeito a um transplante hepático, afirmou em 11 de Setembro que este caso parecia ser “uma situação muito diferente” da ocorrida há seis anos, quando morreram dois jovens num exercício.