Sp. Braga também foi travado na Europa
Minhotos perdem com o Union St. Gilloise por 1-2 com um golo no tempo de compensação.
Há pouco menos de uma semana, o Sp. Braga sofreu a sua primeira derrota da época, mas não foi uma derrota qualquer – foi pesada, por 4-1, e frente a uma equipa que estava atrás de si, o FC Porto. Foi um travão na I Liga que se repetiu na Liga Europa, onde os minhotos cederam os primeiros pontos, na terceira jornada do Grupo D, com uma derrota (1-2) em casa frente ao vice-campeão belga Union St. Gilloise. A derrota deixou os bracarenses em segundo lugar do agrupamento, com seis pontos, menos três que a formação belga, que continua perfeita nesta fase de grupos. Daqui a uma semana, na próxima quinta-feira, as duas equipas voltam a defrontar-se.
Depois da derrota pesada no Dragão, era expectável que Artur Jorge fizesse algumas mudanças, não apenas para mudar algumas dinâmicas, mas para dar algum descanso a alguns jogadores. E foi o que fez com a introdução no “onze” de jogadores como Paulo Oliveira, Castro, Racic e Abel Ruiz, abdicando dos “fixos” Diakité, Al Musrati, Iuri Medeiros e Banza. Mas o Sp. Braga levou algum tempo a entrar no jogo e sofreu bastante na primeira parte com esta equipa belga, recheada de jogadores perigosos e que tinha um plano de ataque bem delineado.
O primeiro grande susto aconteceu aos 10’. Vanzeir conseguiu ganhar um lance na área bracarense e conseguiu alvejar com sucesso a baliza de Matheus, mas não foi golo porque a bola tinha antes batido no braço do futebol belga. Pouco depois, um susto parecido na mesma baliza. Nieuwkoop, o lateral-direito recebeu uma bola na profundidade, tabelou com um colega e foi finalizar à pequena área – novamente o golo foi anulado, desta vez por fora-de-jogo do neerlandês.
Eram dois sustos sem consequência a que o Sp. Braga conseguiu responder aos 36’, numa iniciativa individual de Racic, que ganhou uma bola a meio do meio-campo ofensivo e foi a caminho da baliza, mas perdeu o duelo com o experiente luxemburguês Anthony Moris. Antes do intervalo, novo susto para a equipa da casa, um remate potente de Victor Boniface que acertou na trave da baliza de Matheus.
Foi o último lance de primeiro tempo com muitos avisos de perigo desta formação belga. Para que as coisas não descambassem, o Sp. Braga entrou com uma disposição ofensiva que não se tinha visto muito no primeiro tempo e, aos 49’, chegou ao golo por obra dos seus dois ponta-de-lança. Vitinha acelerou pela esquerda e cruzou para Ruiz fazer o golo.
Só que o Union St. Gilloise continuou a assustar e não foi pouco. Depois de sofrer o golo, os belgas carregaram e o Sp. Braga não foi muito competente a erguer o muro - talvez as mudanças no “onze” tenham provocado algum desequilíbrio nas rotinas da equipa, mas também chegaram perto da baliza belga algumas vezes. Quando o primeiro golo entrou na baliza de Matheus aos 86’, já parecia inevitável, tantas foram as aproximações dos belgas. Adringa manobrou pela defesa bracarense e deu para o recém-entrado gigante sueco Nilsson (,97m), que só teve de encostar.
Artur Jorge ainda tentou uma reacção a partir do banco com a entrada de Djaló e Gorby, mas os estragos já estavam feitos. A equipa estava ferida e a cambalear perigosamente perto da queda. Quando já não se esperava nada do jogo, o Union St. Gilloise, num último suspiro bem para lá dos 90 minutos, concretizou a reviravolta, de novo por Nilsson, numa jogada confusa mas em que o sueco foi muito insistente na procura do golo que acabaria por ser o da vitória para os belgas e o da segunda derrota consecutiva para o Sp. Braga.