TAP diz que subida das taxas nos aeroportos agrava situação económica do grupo

Companhia aérea diz estar “bastante preocupada” com subida das taxas da ANA, gestora dos aeroportos, para o ano que vem, e que será de 1,53 euros em Lisboa e de 0,81 euros no Porto.

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TAP defende “necessidade de encontrar uma abordagem diferente” em relação às taxas aeroportuárias PEDRO NUNES

A TAP afirmou esta terça-feira estar “bastante preocupada” com a intenção da ANA – Aeroportos de Portugal em aumentar as taxas a partir de Janeiro. Os valores propostos, que vão de 1,53 euros em Lisboa até aos 0,35 euros, nos Açores, passando por 0,81 euros no Porto, 0,80 euros em Faro e 0,79 cêntimos na Madeira, são “uma medida desproporcionada”, diz a TAP.

Isto, “dada a ausência de investimentos significativos nos aeroportos portugueses nos últimos anos e as ineficiências e constrangimentos recorrentes, que afectam em particular o nível de serviço” prestado aos utilizadores do aeroporto de Lisboa, defende em comunicado a principal companhia aérea a operar no mercado nacional.

Os aumentos, diz a companhia aérea liderada por Christine Ourmières-Widener, vão “agravar a situação económica da TAP Air Portugal, principal cliente dos aeroportos nacionais”, sem quantificar o aumento da despesa, e também a dos “passageiros aéreos em geral e dos passageiros portugueses em particular, especialmente os que vivem nas regiões autónomas”.

As taxas praticadas pela ANA (do grupo francês Vinci), defende a companhia aérea detida a 100% pelo Estado, já são mais elevadas do que em outros aeroportos com operação semelhante ao de Lisboa (hub, ou seja, redistribuição de passageiros). Se as subidas propostas avançarem – que têm ainda de serem analisadas a ANAC, entidade regulador –, a TAP diz que, com o acréscimo do preço dos combustíveis, isso representará “um aumento dos custos das companhias aéreas com impacto nos preços das viagens para os residentes em Portugal”, e reduzirá “a competitividade de Portugal como destino turístico”.

A empresa sublinha que “informará a ANAC e outras autoridades competentes da sua oposição determinada a estes aumentos” e da “necessidade de encontrar uma abordagem diferente” em relação às taxas. Ao Jornal de Negócios, que noticiou esta terça-feira a subida das taxas aeroportuárias pretendida pela ANA, a concessionária aeroportuária afirmou que os valores seguem “genericamente o aumento da taxa de inflação e as regras estabelecidas pelo contrato de concessão com o Estado”.

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