A rapariga estroina e os velhotes
O cinema português quando quer ser “popular” esquece-se do “cinema”.
O João Maia que nos deu um Variações enérgico e credível está bastante sufocado aqui, e os melhores momentos do filme – que são quase sempre momentos simples, de montagem, pequenas sacudidelas, ou brevíssimas injecções de vigor dadas por exemplo pela maneira como a música entra – não fazem senão lembrá-lo. Porque A Fada do Lar, na maior parte do tempo, é encenado de forma neutra, em certos momentos quase desistente, naquela tendência do cinema português para, quando quer ser “cinema popular”, se esquecer do cinema e ficar só com o popular.
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