Bolsonaro deverá ter a maior bancada no Senado

Ao todo, o campo político aliado a Jair Bolsonaro conseguiu eleger 18 senadores dos 27 lugares em disputa este domingo.

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Bolsonaro reagiu na madrugada de domingo aos resultados eleitorais Reuters/UESLEI MARCELINO

O partido do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, conseguiu eleger oito senadores dos 27 lugares que estavam em disputa na eleição de domingo e deverá iniciar 2023 com a maior bancada da câmara alta, o Senado brasileiro.

Ao todo, o campo político aliado ao ‘bolsonarismo’ conseguiu eleger 18 senadores. Este domingo foi a votos um terço do senado.

Somente sete dos eleitos para o senado, segundo a imprensa local, são simpatizantes do campo político do ex-Presidente Lula da Silva.

Um dos mais proeminentes nomes é do antigo futebolista Romário, reeleito senador pelo Partido Liberal do Presidente brasileiro.

O antigo jogador ganhou mais de 2,3 milhões de votos (cerca de 29%) e representará o estado do Rio de Janeiro na câmara alta durante os próximos oito anos.

“Vou continuar a trabalhar, ainda mais do que tenho feito nos últimos 12 anos, para melhorar a qualidade de vida não só no Brasil, mas também para a população do meu estado. Estou muito feliz”, disse Romário.

O ex-juiz Sergio Moro foi também eleito senador no Brasil no domingo com 33,57% de votos, num sufrágio em que mais de 156 milhões de brasileiros estavam aptos a votar.

Moro, conhecido por actuar como juiz de primeira instância na Operação Lava Jato e condenar dezenas de políticos, entre eles o candidato e ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estava atrás do candidato Álvaro Dias nas sondagens, mas conseguiu a preferência dos eleitores no estado do Paraná, onde se candidatou.

Foram eleitos ainda o ex-astronauta e ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina e o ex-ministro do Desenvolvimento Rogério Marinho.

Os números das eleições são à imagem de um país do tamanho de um continente: além dos 11 candidatos presidenciais, concorreram ainda 224 a governador, 243 ao senado, 10.630 a deputado federal, 16.737 a deputado estadual e 610 a deputado distrital, nos 27 estados (contando com o Distrito Federal) no país.

Dos mais de 29 mil candidatos, 1323 procuraram a reeleição.

Com 99,99% das secções eleitorais apuradas, o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva, tinha 48,43% dos votos, contra 43,2% de Jair Bolsonaro.

Em terceiro lugar, mas com apenas 4,16% dos votos, ficou a candidata Simone Tebet, enquanto o candidato Ciro Gomes ficou foi o quarto mais votado, com 3,04%.

Soraya Tronicke (0,51% dos votos), Luís Felipe D’Ávila (0,47%), Padre Kelmon (0,07%), Leonardo Péricles (0,05%), Sofia Manzano (0,04%), Vera Lúcia (0,02%) e Eymael (0,01%) foram os restantes candidatos às presidenciais de domingo.

Mais de 156 milhões de eleitores brasileiros foram chamados às secções de voto, onde estavam instaladas 577.125 urnas electrónicas, espalhadas por 5570 cidades do país.