Maria Vitória está preparada para o fim do mercado de São Sebastião. “Não adianta ajeitar”, determina a vendedora à porta da sua casa, facilmente identificável na Rua do Souto pela enorme bandeira do Benfica pendurada numa janela. “O futuro disto é fechar portas”, antevê “Maria Comunista”, como é conhecida por todos, uma das cinco vendedoras que resistem neste mercado da Sé. Há umas semanas, numa assembleia de freguesia, as cinco mulheres terão assumido não ter intenções de criar obstáculos ao encerramento, se for essa a decisão da Câmara do Porto, rendidas à falta de condições do espaço e ao problema do tráfico de droga à porta. Mas, por aquela zona histórica, há quem tema mais uma machadada na Sé.
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