Casos de covid-19 sobem, mas internamentos descem

Segundo o boletim semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se 19.703 infecções.

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O R(t), o índice de transmissibilidade do vírus, apresentou um valor superior a 1 a nível nacional e em todas as regiões, o que indica uma tendência crescente de novos casos Nuno Ferreira Santos

O número de novos casos de infecção por SARS-CoV-2, por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 191 casos, com tendência crescente a nível nacional. Trata-se de uma “incidência elevada”, diz a Direcção-Geral da Saúde (DGS) no boletim semanal divulgado esta sexta-feira.

Portugal registou, entre 20 e 26 de Setembro, 19.703 infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 41 mortes associadas à covid-19 e uma nova redução dos internamentos.

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se mais 1493 casos de infecção, verificando-se ainda mais quatro mortes na comparação entre os dois períodos.

Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório.

Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 404 pessoas, menos 18 do que no mesmo dia da semana anterior, com 26 doentes em unidades de cuidados intensivos, menos um.

O número de pessoas com covid-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente “revelou uma tendência estável, correspondendo a 10,2% (no período anterior em análise foi de 10,6%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

O R(t), o índice de transmissibilidade do vírus, apresentou um valor superior a 1 a nível nacional e em todas as regiões, o que indica uma tendência crescente de novos casos.

A linhagem BA.5 da variante Ómicron “continua a ser claramente dominante em Portugal, apresentando uma frequência relativa estimada de 94%”. “Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária”, refere a DGS.

“No que respeita à mortalidade específica por covid-19 (7,6 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes) observa-se uma estabilização. A mortalidade por todas as causas encontra-se dentro do esperado para a época do ano”, diz.