Sp. Braga não resiste à prova de fogo do FC Porto

Num par de minutos, os “dragões” agilizaram o triunfo que acabou com a invencibilidade minhota (4-1) e igualaram o adversário no segundo lugar da Liga.

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LUSA/Rui Farinha | NFactos

Passou na prova de fogo o “dragão”, impondo nesta sexta-feira, à oitava ronda da I Liga, a primeira derrota (4-1) da época a um Sp. Braga que exigia máximo respeito e que o FC Porto precisava de igualar, com urgência, na classificação. Tudo cumprido quase na perfeição, com uma demonstração de força e autoridade, bem expressas no resultado e nas diferentes vertentes do jogo, apesar de alguns momentos de rebelião dos “arsenalistas”.

O melhor ataque da prova demorou a mostrar-se no Dragão, surgindo de forma quase acidental num cruzamento de André Horta, ainda assim a provocar a dúvida na área portista, que só perto dos 20 minutos registou a primeira visita dos minhotos... sem perigo de maior.

O FC Porto, com Pepe e Uribe no onze e Otávio e Galeno no banco, conseguira uma entrada forte, mas sem causar verdadeiramente problemas à defensiva bracarense, que também registou o regresso de Niakaté.

Com isso, os campeões nacionais aproveitavam para dissipar alguma da ansiedade provocada tanto pelos recentes resultados dos “dragões” quanto pelo arranque imaculado dos bracarenses, que se apresentaram no Porto na defesa da vice-liderança. Na verdade, os “arsenalistas” eram precedidos de uma fama que não conseguiram confirmar, acabando por ver a estratégia de Artur Jorge ruir em apenas dois minutos, o tempo de que o FC Porto precisou para ferir com gravidade o opositor.

Fundamental neste ataque cirúrgico, Eustáquio deu sequência a uma primeira tentativa falhada de Taremi de bater Matheus, enchendo o peito de Evanilson para o golo inaugural (32'), acabando por assinar, de rajada, o segundo golo. O azar de Vitinha, num desarme que accionou o ataque portista, levou Taremi a isolar Pepê, que tocou para o internacional canadiano fazer a festa (34').

O Sp. Braga acusava a solenidade do momento, propício para elevar uma fasquia que começava a salientar a faceta de candidato em processo de consolidação, e sentia o peso de enfrentar um “dragão” ferido.

Iuri Medeiros ainda podia ter atenuado a diferença e contribuído para travar o ímpeto portista. Mas o extremo não teve serenidade nem clarividência para aproveitar um brinde da defesa “azul e branca”, com Diogo Costa a precipitar-se na saída e a deixar a baliza à mercê do adversário, que rematou ao lado.

O Sp. Braga desperdiçava a grande ocasião mesmo a terminar a primeira parte e só não regressou aos balneários com um resultado mais cruel porque Bruno Costa falhou o terceiro golo portista no lance imediato.

Já sem ilusões relativamente à expectativa inicial de jogar no erro do adversário e procurar explorar a veia goleadora de Banza, Artur Jorge mexeu na equipa, sacrificando o avançado francês, prevenindo um possível segundo amarelo a Fabiano e ainda tirando Iuri Medeiros da equação ofensiva.

Menos pressionado, Sérgio Conceição esperou para ver como o adversário reagia. Espera penalizada com o golo dos visitantes, que depois de terem rematado à barra, por Ricardo Horta, reduziram num autogolo de Pepe (55'), em lance que confirmava a predisposição bracarense para contrariar o destino.

O jogo entrava numa fase mais empolgante, com acelerações, arritmias e a incerteza a regressar ao Dragão, onde o Sp. Braga voltava a acreditar num desfecho diferente. Um quadro prontamente negado pelos portistas, com o terceiro golo a surgir de pronto e a repor a diferença e os níveis de confiança. Rodrigo Conceição voltava a mostrar que não conquistou a titularidade por ser filho do treinador, iniciando o lance concluído por Pepê (63'), mas com fortíssima influência de Taremi.

Até final, o Sp. Braga teve de sofrer, especialmente depois da expulsão do guarda-redes Matheus, com os portistas a desperdiçarem sucessivas ocasiões para consolidarem o triunfo, que Galeno acabaria por fechar já em período de compensação, num lance com vários ressaltos.

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