Uma casa sem remendo
Na segunda parte da trilogia que Pedro Penim iniciou com Pais & Filhos, passado e presente digladiam-se à procura de um futuro num paleta de temas que vai da guerra colonial ao ambientalismo.
Fantasmas não faltam a este homem. Este protagonista que o mais das vezes não passa de um saco de pancada; este sujeito que, não sendo socialmente nem moralmente descartável, também já não faz grande falta – se alguma faz –, pois, a bem dizer, mal compreende o que se passa à sua volta e menos ainda de onde vem a culpa de que todos o acusam; quanto mais a necessidade de mudar quando quase tudo, na sua maneira de ver, mais do que a precisar de mudança, está realmente mudado… para pior. Não é agradável viver em negação quando se desconhece estar a fazer o luto de um tempo. Ainda tem o fado. Também aí as coisas correm mal. Ele bem pede Ó Tempo Volta para Trás, mas dão-lhe sempre Uma Casa Portuguesa.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.