Encontradas cerca de 500 peças do património histórico e arqueológico de Armamar
De um menir com mais de 7000 anos a povoados lusitano-romanos, o levantamento do município de Armamar ao longo dos últimos seis meses tem contribuído para identificar e recuperar elementos históricos da região.
Meio milhar de elementos de interesse arqueológico e histórico foram identificados no âmbito de um levantamento que está a ser feito no concelho de Armamar para elaborar a Carta do Património Cultural. Desde Março que a Câmara Municipal de Armamar está a trabalhar na Carta do Património Cultural, que considera “um instrumento fundamental para perceber a origem e as sucessivas ocupações humanas do território”.
Este trabalho “consiste no levantamento exaustivo e pormenorizado de todos os elementos patrimoniais, recorrendo a recolha e análise bibliográfica, documental e cartográfica, prospecções sistemáticas e eventuais informações recolhidas junto das populações”, explica a autarquia, em comunicado.
Entre os elementos de interesse arqueológico e histórico identificados no último meio ano, encontram-se um menir na freguesia de Fontelo, erguido provavelmente 5000 anos antes de Cristo e que é considerado um dos mais altos da Península Ibérica.
Segundo a autarquia, foram também encontrados um “povoado fortificado lusitano-romano e dois raros termini augustales, no território da união de freguesias de Arícera e Goujoim, testemunhos que revelam informação importante sobre a organização daquele território na época romana”.
Sepulturas escavadas na rocha, “que constituem os mais importantes vestígios de povoamentos alto-medievais pré-paroquiais”, marcas cruciformes com datas, “gravadas em edifícios localizados nas partes mais antigas das povoações, testemunhando crenças e práticas religiosas”, e marcos de demarcação do Mosteiro de Salzedas, da Universidade de Coimbra e da zona vinhateira do Alto Douro fazem igualmente parte da lista.
O projecto de levantamento do património histórico e cultural do concelho de Armamar, no distrito de Viseu, é financiado pelo programa Norte 2020 e comparticipado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).