A intimidade desarmante de uma cantora maior chamada Angel Olsen
O primeiro dos dois concertos de apresentação de Big Time no Capitólio, em Lisboa, trouxe-nos uma Angel Olsen tocante e imponente na interpretação das canções, íntima e familiar na relação com o público. Acompanhada por uma banda irrepreensível, assinou um concerto magnífico. Esta terça-feira, regressa à mesma sala para o segundo dos concertos marcados para Portugal.
Quando ela se aproximava do microfone para cantar e quando a canção se fazia então ouvir, acontecia aquilo. Algo pouco habitual actualmente, nos concertos e fora deles, mas nos concertos nota-se mais. Quando Angel Olsen cantava, naquela voz cheia, vida granulada, dramatizada, com tantas vozes lá dentro – as que a vida lhe foi dando ao longo dos anos, as daqueles e daquelas que a antecederam —, tudo era silêncio na sala, todos seguindo atentamente aquela capacidade de narrar na medida certa, sem virtuosismos estéreis, de se fazer canção na medida exacta que a canção pede.
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