Costa anuncia reforço de 1100 efectivos para os quadros da PJ até 2026
O líder do executivo socialista promete “assegurar continuidade e previsibilidade na gestão da PJ” e adianta que esta terça-feira “será publicada uma portaria da ministra da Justiça e do ministro das Finanças definindo o quadro plurianual de ingressos na PJ até 2026”.
O primeiro-ministro anunciou esta segunda-feira que vão entrar na Polícia Judiciária (PJ), até 2026, mais 1100 elementos efectivos, reforçando as carreiras de inspecção e investigação criminal, de especialista de polícia científica e especial de segurança.
António Costa fez este anúncio na parte final do seu discurso na cerimónia de aceitação de 97 novos inspectores da PJ, em Lisboa, numa sessão em que também usaram da palavra o director nacional desta polícia, Luís Neves, e a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
“Temos de assegurar continuidade e previsibilidade na gestão da PJ. Na terça-feira, será publicada uma portaria da ministra da Justiça e do ministro das Finanças [Fernando Medina] definindo o quadro plurianual de ingressos na PJ até 2026”, declarou o líder do executivo.
Na sequência deste passo, de acordo com o primeiro-ministro, “até 2026, na carreira de inspecção e investigação criminal entrarão mais 750 efectivos”.
“Na carreira de especialista de polícia científica serão mais 250 efectivos e na carreira especial de segurança mais 100 efectivos”, completou António Costa, tendo a escutá-lo a procuradora Geral da República, Lucília Gago, e o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, entre outros responsáveis de instituições de segurança, defesa e informações.
Face a este previsível reforço, o primeiro-ministro defendeu que é possível concluir que a PJ “continuará a estar dotada dos recursos humanos que necessita para continuar a fazer aquilo que sempre tem feito com mais meios ou com menos meios, com maior dedicação ou com um esforço mais partilhado entre todos”.
Na sua intervenção, António Costa apontou que, desde 2019, até agora, “verificou-se já um reforço de 355 efectivos só na carreira de investigação criminal da PJ”.
“É absolutamente fundamental continuar a investir na segurança interna e, designadamente, na PJ. Esse investimento são ferramentas legislativas, são melhorias de instalações, melhores meios para perícias, para o laboratório e nos sistemas de investigações”, declarou.
No entanto, logo a seguir, o líder do executivo deixou uma advertência: “Mas nada disto funciona sem um elemento central que tem a ver com os recursos humanos da PJ”, especificou.
Ministra da Justiça defende que reforço de meios da PJ eleva capacidade de resposta
A ministra da Justiça salientou a importância do reforço de meios humanos da Polícia Judiciária, sublinhando que a entrada de 97 novos inspectores vai melhorar a resposta contra o crime, sobretudo a criminalidade económico-financeira.
“Dotamo-nos de mais meios, humanos e materiais, para movermos combate firme à criminalidade em geral, e à corrupção e à criminalidade económico-financeira, em particular”, referiu Catarina Sarmento e Castro na cerimónia de aceitação dos inspectores formados no 44.º curso da PJ, assegurando que “um reforço expressivo reflectir-se-á num enorme aumento da prontidão, da capacidade de resposta e de sucesso”.
Para a governante, os novos 97 inspectores da PJ – que se juntam à centena de novas entradas para os quadros da investigação criminal ocorridas em Março deste ano – serão necessários para “cerrar fileiras” no combate à criminalidade económico-financeira, notando que essa área é uma prioridade para o actual Governo.
A ministra da Justiça destacou também a portaria anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa, durante a cerimónia e que contempla o reforço do quadro da PJ com 1100 novos efectivos até 2026, entendendo que o financiamento plurianual da instituição uma “maior previsibilidade, capacidade de planeamento e de gestão”.