“A arte morreu, meu. A inteligência artificial ganhou” — um sismo nas artes visuais
Midjourney, DALL-E ou Disco Diffusion mudaram tudo quando tornam uma simples frase numa imagem em poucos minutos. Empregos em risco ou promoções à vista? No festival português Trojan Horse was a Unicorn, artistas de topo e aspirantes partilham preocupações e (algum) optimismo.
Quando estas palavras forem lidas, já muito mudou. Outra vez. Desde as conversas com os artistas de topo e em ascensão reunidos no festival Trojan Horse was a Unicorn (THU), que termina este sábado em Tróia, a inteligência artificial (IA) que aprende exponencialmente já acrescentou novas perguntas, possibilidades e medos aos ilustradores, concept artists e artistas em geral sobre o futuro do seu trabalho — e do seu emprego. É a conversa que domina o sector. Os entusiastas, como o supervisor de arte virtual Meats Meier, resumem a coisa assim: “O que raio aconteceu nos últimos dois anos? Houve uma pandemia e ficámos presos em casa e quando saímos há artistas tão bons ou melhores do que nós? Tentei ser amigo deles, antes que me matem.” A sala cheia para a qual falava riu-se nervosamente. Alicia Brossard, aspirante a artista na assistência, confessou ao PÚBLICO: “Saí daqui ainda mais amedrontada.”
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