Detida a mulher do presumível autor do duplo homicídio na ilha do Pico

Segundo um comunicado da PJ, “a investigação desenvolvida permitiu alcançar relevantes elementos probatórios de que os crimes de homicídio foram praticados junto da propriedade do referido casal, com recurso a arma de fogo, com subsequente ocultação e destruição dos corpos através de carbonização”.

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A investigação da Polícia Jucidiária (PJ) teve início no dia 11 de Setembro, “após a comunicação do desaparecimento de dois homens, com 74 e 65 anos de idade, ambos residentes na ilha do Pico”. Daniel Rocha

Uma mulher de 53 anos de idade foi detida esta manhã no âmbito do caso do duplo homicídio e profanação de cadáver de dois homens que ocorreu na ilha do Pico, nos Açores, segundo informou a Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação Criminal dos Açores

O marido desta mulher já tinha sido detido e submetido à medida de coacção de prisão preventiva, na terça-feira, no âmbito do mesmo caso. Em causa estão crimes de homicídio, profanação de cadáver e de detenção de arma proibida.

Segundo um comunicado da PJ, “a investigação desenvolvida permitiu alcançar relevantes elementos probatórios de que os crimes de homicídio foram praticados junto da propriedade do referido casal, com recurso a arma de fogo, com subsequente ocultação e destruição dos corpos através de carbonização”.

A PJ sublinha a estreita colaboração prestada pela Polícia de Segurança Pública na Ilha do Pico, que foi relevante para o esclarecimento dos factos e dá conta que a detida será presente às autoridades judiciárias competentes, para aplicação das adequadas medidas de coacção.

A investigação teve início no dia 11 de Setembro, “após a comunicação do desaparecimento de dois homens, com 74 e 65 anos de idade, ambos residentes na ilha do Pico”.

Na altura da detenção do homem a PJ disse que tinham sido “recolhidos indícios de que os dois homens desaparecidos terão sido vítimas de crimes de homicídio, com subsequente ocultação dos cadáveres, recaindo as suspeitas sobre um indivíduo de nacionalidade estrangeira, residente nas imediações do local onde o veículo utilizado pelas vítimas se encontrava estacionado”.

O Jornal de Notícias adiantava também que o suspeito não queria ter vizinhos, tendo demonstrado já no passado “actos de hostilidade a quem pretendesse ocupar a parcela de terreno junto à sua habitação”. As duas vítimas, aposentadas mas com negócios no ramo imobiliário, tinham ido verificar esse terreno antes de desaparecerem.

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