Amanda Gorman uniu-se às Blackpink. Juntas desafiaram os líderes mundiais a “fazer o bem”

A banda de K-pop Blackpink e a poeta norte-americana Amanda Gorman marcaram presença no palco da ONU. Juntas, apelaram à acção contra as alterações climáticas e outros objectivos globais.

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EPA/MICHAEL REYNOLDS

A banda de pop sul-coreana Blackpink e a poeta norte-americana Amanda Gorman marcaram presença no palco da Organização das Nações Unidas (ONU), na passada segunda-feira, para apelar à acção contra as alterações climáticas e outros objectivos globais, como alcançar a igualdade de género e erradicar a fome e a pobreza.

Gorman leu um novo poema na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, um dia antes de os líderes mundiais iniciarem os seus discursos anuais perante os 160 chefes de Estado e de Governo presentes.​

“Só peço que se preocupem antes que seja demasiado tarde, que sejam conscientes, que liderem com amor nas horas de ódio. Desafio-vos a ouvir este pedido, desafio-vos a moldar o nosso futuro. Acima de tudo, desafio-vos a fazer o bem, para que o mundo seja um lugar melhor”, disse Gorman enquanto era aplaudida.

Amanda Gorman e a banda Blackpink participaram num evento com o objectivo de promover os 17 objectivos de desenvolvimento sustentável criados pelas Nações Unidas em 2015. Através de um vídeo, os quatro membros da Blackpink - defensoras dos objectivos de desenvolvimento sustentável da ONU - pediram às pessoas para diminuírem o consumo energético, para consumirem produtos locais e reduzirem o desperdício alimentar.

“Devemos aproveitar esta vida e adoptar medidas para criarmos um mundo mais sustentável, não deixando ninguém para trás”, disse Jennie Kim, membro da banda.

Um painel de ciência climática da ONU afirmou que os governos e as indústrias têm de reduzir drasticamente as emissões de combustíveis fósseis para que o aquecimento global seja contido, limitando os seus impactos climáticos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que vários problemas estavam a afastar os objectivos de desenvolvimento sustentável, tornando-os cada vez mais difícil de atingir. “Os jovens estão a exigir acção - não só para eles próprios, mas para as gerações do futuro. Os perigos que enfrentamos não combinam com a ideia de mundo unido”, disse Guterres. “Vamos ao trabalho. Vamos pôr o nosso mundo nos eixos novamente.”