Moedas diz estar a “tentar resolver o problema” dos estudantes deslocados que não têm acesso ao passe gratuito

Estudantes deslocados que não alterem a sua morada fiscal para Lisboa não conseguem ter acesso ao passe dos transportes gratuito. Presidente da câmara diz estar a tentar resolver “o problema”.

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Os jovens até aos 23 anos que tenham morada fiscal em Lisboa já podem andar gratuitamente nos transportes públicos Diego Nery/Arquivo

Lisboa lançou passes gratuitos para os jovens estudantes de Lisboa, mas deixou de fora muitos ao exigir que, para terem acesso a esse apoio, tivessem a sua morada fiscal na capital. Consciente de que essa regra afasta muitos potenciais beneficiários, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, diz estar a tentar dar a volta ao “problema”. “Estamos a trabalhar com a Área Metropolitana de Lisboa para resolver esse problema”, disse o autarca, que falava na manhã desta terça-feira numa conferência organizada pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Como muitos estudantes chegam de outras zonas do país e têm, por vezes, dificuldade em ter uma morada fixa por trocarem com frequência de quarto ou de casa, acabam por não alterar a sua morada. Moedas deu como exemplo os jovens das ilhas, “que se alterarem a morada alteram o agregado familiar”, podendo perder o acesso a outros apoios.

Quando a Câmara de Lisboa apresentou esta medida, que prevê a gratuitidade do passe dos transportes públicos na capital para pessoas com mais de 65 anos e jovens até aos 23 anos, em Junho passado, a oposição alertara já para o facto de muitos jovens ficarem excluídos da medida pela necessidade de apresentarem um comprovativo de residência.

Na altura, o município explicou que isso se devia a questões técnicas, mas parece estar agora a trabalhar numa alternativa.

Carlos Moedas fez ainda uma actualização das adesões, referindo que cerca de 40 mil pessoas (30 mil idosos e 10 mil jovens) aderiram aos transportes públicos gratuitos.

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