Alunos pedem verba no OE para Politécnico do Porto construir residências “com urgência”
Os estudantes queixam-se, também, da escassez de transportes públicos no distrito do Porto e regiões limítrofes.
A Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto quer que no Orçamento de Estado (OE) de 2023 seja disponibilizada uma verba para a instituição adquirir e construir “com carácter de urgência” mais residências universitárias.
Em comunicado, a associação de estudantes apela nesta terça-feira por “mais residências” universitárias, adiantando que vai solicitar ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que no Orçamento de Estado de 2023 seja atribuída ao Politécnico do Porto uma verba para “a aquisição e construção de mais residências com carácter de urgência”.
Lembrando que o Instituto Politécnico do Porto dispõe, através dos serviços de Acção Social, de seis residências universitárias de pequena e grande dimensão com mais de oito mil alunos bolseiros no ano de 2021, a associação afirma que as mesmas “apenas podem responder às necessidades dos alunos com os meios que têm ao seu dispor” e que, quando os estudantes não conseguem vagas nas residências é atribuído uma bolsa de apoio ao alojamento.
“Infelizmente, a esmagadora maioria dos senhorios em Portugal não actua com os meios legais que está obrigado por lei a cumprir, impedindo, portanto, os estudantes de beneficiarem do apoio acima mencionado”, refere, notando que a problemática “aumenta o risco de abandono do Ensino Superior e limita inclusivamente a inscrição de alunos com rendimentos mais baixos, aumentando assim a desigualdade no seu acesso”.
Além da atribuição de uma verba no Orçamento de Estado de 2023, a associação vai requerer à tutela um levantamento do número de estudantes em lista de espera e não colocados nas residências do Politécnico e o acompanhamento da problemática de falta de habitação para os estudantes deslocados são outras das medidas que a associação vai requerer ao ministério.
“Com a inflação a atingir patamares insuportáveis para todas as famílias, agonizando a crise social já antiga no país, os jovens universitários encontram-se numa situação ainda mais precária que nunca”, destaca, recordando que a esta realidade se somam os “preocupantes preços galopantes” do aluguer de quartos nas zonas envolventes das instituições de ensino superior e na Área Metropolitana do Porto (AMP).
A Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação destaca ainda que os transportes na AMP são “escassos e por vezes criam transtornos profundos” para os estudantes, tanto do distrito do Porto, como dos concelhos limítrofes.