EUA enviam nova remessa de mísseis para a Ucrânia e prometem ajuda “pelo tempo que for necessário”
O anúncio semanal do envio de armamento e equipamento militar tem permitido à Ucrânia planear com mais confiança ofensivas como a que está em curso no Nordeste do país. Ao todo, os EUA já desbloquearam 15,1 mil milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia, 40% só nas últimas seis semanas.
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Os Estados Unidos vão enviar uma nova remessa de armamento e de munições para a Ucrânia, desta vez no valor de 600 milhões de dólares (sensivelmente a mesma quantia em euros), anunciou o Pentágono na madrugada desta sexta-feira. Desde o início da invasão russa, há quase sete meses, o Congresso norte-americano já desbloqueou 15,1 mil milhões de dólares para ajuda militar à Ucrânia — mais de seis mil milhões só nas últimas seis semanas.
Contra as expectativas do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o novo pacote ainda não inclui o sistema de mísseis de longo alcance MGM-140 (conhecido pelo acrónimo ATACMS), com o qual o Exército da Ucrânia poderia atingir alvos a 300 quilómetros de distância.
Em vez disso, os EUA vão enviar milhares de rockets guiados por satélite e 16 sistemas de lançamento HIMARS, que têm um alcance de 80 quilómetros — e com os quais os ucranianos já atingiram mais de 400 depósitos de munições, postos de comando e radares do Exército da Rússia.
Segundo a agência Reuters, os líderes militares norte-americanos e ucranianos dizem que o actual ritmo de anúncios sobre o envio de armamento e munições — uma ou duas vezes por semana — tem sido fundamental para o planeamento de operações complexas por parte do Exército da Ucrânia, como as recentes ofensivas no Nordeste e no Sul.
O anúncio de uma nova remessa de armamento é o 21.º desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de Fevereiro, e foi feito poucas horas depois de um encontro entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping.
Na reunião entre os dois líderes houve sinais de que Moscovo não conta com um apoio incondicional de Pequim, principalmente depois dos recentes sucessos militares da Ucrânia no terreno.
“O Presidente Biden tem sido claro no apoio dos Estados Unidos ao povo da Ucrânia pelo tempo que for necessário”, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, num comunicado.