Alsa Todi contratou 61 motoristas em Cabo Verde para garantir serviço na Península de Setúbal

A empresa, que assegura os transportes públicos rodoviários ao serviço Carris Metropolitana, justifica a contratação de motoristas em Cabo Verde com uma alegada “falta geral de mão-de-obra” em Portugal.

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A Carris Metropolitana tem apresentado vários problemas francisco romao pereira

A Alsa Todi recrutou 61 novos motoristas em Cabo Verde que estão apenas a aguardar a emissão de vistos pelas autoridades portuguesas para entrarem de imediato ao serviço, revelou nesta quinta-feira a transportadora rodoviária da Península de Setúbal.

A empresa que assegura os transportes públicos rodoviários nos concelhos de Setúbal, Moita, Montijo, Alcochete, Palmela e Barreiro, na área 4 do serviço Carris Metropolitana, justifica a contratação de motoristas em Cabo Verde com uma alegada “falta geral de mão-de-obra” em Portugal.

De acordo com a Alsa Todi, o recrutamento de motoristas em Cabo Verde, com uma “média de idades próxima dos 35 anos”, teve a colaboração de parceiros locais e foi “acompanhado por responsáveis da empresa, que garantiram a aptidão para o exercício de funções com os standards da Alsa Todi, num processo formativo que continuará nos próximos dias em Portugal”.

A transportadora rodoviária refere também que a parte final da formação “vai servir para os novos motoristas ficarem a conhecer as linhas onde vão actuar”.

A Alsa Todi adianta ainda que os novos motoristas têm acordo escrito com a transportadora e apoio da empresa para se instalarem em Portugal, “através de medidas de financiamento da formação, despesas de deslocação e habitação”.

Os novos motoristas, garante a Alsa Todi, já estão vinculados ao novo Acordo de Empresa, que estabeleceu “melhorias das condições de trabalho para estas funções, assim como folgas rotativas, seguro de saúde e prémios de assiduidade”.

A empresa Alsa Todi iniciou a actividade na área 4 da Carris Metropolitana no início de Junho, mas o desempenho da empresa tem suscitado muitas críticas dos utentes devido ao incumprimento dos percursos anunciados e dos horários previstos, situação que, em grande parte, resultou da dificuldade na contratação de novos motoristas.

Na passada segunda-feira, o presidente da Câmara de Setúbal e os presidentes das cinco juntas de freguesia do concelho exigiram a “urgente normalização do serviço de transporte público rodoviário” da Alsa Todi.

Os seis autarcas exigiram também o cumprimento dos percursos e dos horários das carreiras escolares, de forma a garantir que os alunos não sejam prejudicados pelo mau funcionamento do transporte público rodoviário no concelho no arranque do novo lectivo.