Receitas de dormidas subiram 147 milhões de euros em Julho face ao pré-pandemia

Mês de Julho foi responsável por proveitos de 682 milhões de euros, mais 27,6% do que o valor registado no mesmo mês de 2019. Algarve manteve o domínio e a Madeira registou o maior crescimento, de 45%.

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INE deu conta de 3 milhões de hóspedes e 8,6 milhões de dormidas em Julho. Rui Gaudencio

O mês de Julho trouxe consigo sinais claros da recuperação do turismo, com os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico a subirem para 682,1 milhões de euros, mais 27,6%, ou 147,5 milhões, do que em idêntico mês de 2019, antes dos efeitos negativos causados pela pandemia de covid-19.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE (que não contabiliza as unidades de alojamento local com menos de dez camas), os proveitos por aposento subiram na mesma proporção, para 535 milhões de euros. Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 86,1 euros no mês em análise, o que representa uma subida de 23%.

Numa análise por regiões, verifica-se que o maior crescimento nos proveitos totais foi na Madeira, com mais 45% face a Julho de 2019, para 61,2 milhões de euros, enquanto o Algarve dominou em termos de valor absoluto, chegando aos 257,9 milhões de euros (38% do total), beneficiando de uma subida de 23% (a menor de todas as regiões). Estes valores, e a recuperação dos últimos meses, elevou o total do ano para 2563 milhões de euros, mais 10% face ao mesmo período de 2019.

Estes incrementos em valor agora adiantados pelo INE têm por base a recuperação do turismo externo, da qual o instituto de estatísticas já tinha dado conta na sua estimativa rápida, e a dinâmica do turismo interno.

De acordo com o INE, o sector do alojamento turístico registou três milhões de hóspedes e 8,6 milhões de dormidas em Julho, mais 6,3% e 4,8%, respectivamente, face a 2019. No mês em análise, o mercado interno contribuiu com 2,9 milhões de dormidas (mais 15%) e os mercados externos totalizaram 5,7 milhões (o mesmo nível de 2019). Nestes últimos, destaca-se o recorde de turistas norte-americanos, que subiram 32% para 183 mil face a Julho de 2019, enquanto os brasileiros sofreram um recuo de 28% para 101 mil.

Segundo a informação divulgada esta quarta-feira pela região europeia da associação de aeroportos (ACI Europe), o aeroporto de Lisboa está no grupo que melhor recuperou em Julho face ao pré-pandemia, com -5,4% de passageiros face ao mesmo mês de 2019. Melhor só Paris (Orly) com -1%, Palma de Maiorca com -1,8% e Atenas com 4,9%.

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