Lojas maçónicas da lusofonia trocam experiências em Lisboa
Encontro visa reforçar a coesão da instituição dentro dos países da lusofonia, partilhando as experiências de cada loja.
Lisboa acolhe, em 16 de Setembro, um encontro de representantes de lojas da maçonaria regular dos países de língua portuguesa, iniciativa que, segundo a organização, visa reforçar os laços e ajudar as estruturas mais pequenas a crescerem.
Em declarações à Lusa, o grão-mestre da Grande Loja Legal de Portugal (GLLP), Armindo Azevedo, explicou que este encontro visa reforçar a coesão da instituição dentro dos países da lusofonia, partilhando as experiências de cada loja.
“É a primeira vez que temos este encontro desde que a Confederação Maçónica da Língua Portuguesa (CMLP) existe, em 2012. É um desejo que tinha há muito tempo, das grandes lojas de língua portuguesa”, explicou Armindo Azevedo.
Actualmente, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), apenas Moçambique tem uma grande loja independente, mas existem outras estruturas na Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe.
“Pretendemos desenvolver relações de amizade fraterna, mas também os valores da liberdade, da verdade, da tolerância e da paz”, explicou o dirigente maçónico.
Muitas destas lojas foram iniciadas por membros com uma forte ligação a Portugal, mas as estruturas “cresceram, graças às estruturas locais”.
Recentemente, a crise da pandemia de covid-19 foi uma oportunidade para promover a solidariedade entre as maçonarias de vários países, com entrega de máscaras e outros equipamentos de protecção.
Segundo a organização, a CMLP quer “tornar-se o fórum privilegiado de diálogo e concertação no âmbito da lusofonia maçónica”, funcionando como uma “plataforma para o intercâmbio de conhecimento e a partilha de recursos, actividades, princípios, inquietudes e experiências”.
“O crescimento da maçonaria regular, como se demonstra pelo surgimento de mais lojas na África lusófona, é a prova de que as pessoas procuram respostas e mantêm a vontade de construir um mundo melhor, mesmo nas geografias economicamente mais frágeis”, explicou o grão-mestre.
“Para problemas globais, a resposta tem de ser pensada também a nível global e a universalidade da maçonaria regular permite essa reflexão orientada para a acção”, salientou Armindo Azevedo.