Greve Climática Estudantil volta às ruas — com mira no Ministério da Economia
Manifestação está marcada para 23 de Setembro, sexta-feira, às 11 horas. Os activistas vão marchar até ao Ministério da Economia para exigir o fim dos combustíveis fósseis.
Está marcada para 23 de Setembro a próxima Greve Climática Estudantil. Os estudantes vão faltar às aulas, como é habitual, a uma sexta-feira — desta vez para exigir o fim dos combustíveis fósseis.
Desafiados pelo apelo do movimento internacional Fridays for Future, que deverá levar jovens de todo o mundo a sair à rua no mesmo dia numa manifestação pelo ambiente, os jovens portugueses arrancam às 11h da Praça José Fontana, em Lisboa, e deverão marchar até ao Ministério da Economia.
Os activistas “acusam o governo de não tomar medidas para cortar as emissões de gases com efeito de estufa e de lucrar com a inacção e destruição enquanto as catástrofes climáticas se intensificam”, lê-se, em comunicado.
Mais ainda, apontam o facto de o actual ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, “ter sido CEO da Partex Oil & Gas” e “enquanto ministro ter abertamente incentivado as empresas a apresentarem novos projectos de exploração de gás — um combustível fóssil que está falsamente a ser vendido como verde”, atiram.
“Não toleraremos novos projectos que aumentem emissões em território nacional ou outro lado. Exigimos um plano de transição justa que nenhum governo, actual ou vindouro, possa revogar”, afirma Matilde Ventura, uma das porta-vozes do movimento, citada em comunicado.
Além desta manifestação, os activistas da Greve Climática Estudantil prevêem ocupar, a partir de 7 de Novembro, escolas e universidades de todo o país, até que as “reivindicações pelo fim dos combustíveis fósseis até 2030 e pelo fim aos fósseis no governo sejam ouvidas”.
O movimento internacional Fim ao Fóssil: Ocupa! quer parar escolas e universidades do todo o mundo. O objectivo principal da acção é o fim dos combustíveis fósseis. Em Portugal, especificamente, os activistas querem esta exigência cumprida até 2030 e que António Costa e Silva se demita. Em Lisboa, já estão planeadas ocupações em estabelecimentos como o Liceu Camões e várias faculdades da Universidade de Lisboa. Mas a acção é um convite para que os jovens se organizem e a reproduzam nos seus estabelecimentos de ensino.
“Não há tempo a perder. E com o visível escalar da crise climática, escalamos também a nossa resposta”, avisam.