Viana do Castelo lança planos de Eficiência Energética e de Poupança de Água

Medidas anunciadas pela autarquia pretendem contribuir para mitigar os efeitos da crise energética e seca extrema.

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Os painéis solares são uma das soluções para reduzir a dependência energética daniel rocha

A Câmara de Viana do Castelo anunciou nesta terça-feira o lançamento dos planos municipais de Eficiência Energética e de Poupança de Água, esperando, nos próximos 12 meses, poupar um milhão de euros com as 23 medidas a adoptar.

“As medidas que visam a eficiência energética e a eficácia na gestão de recursos naturais como a água são já uma realidade nas políticas municipais que o executivo municipal pretende agora aprofundar, tendo em consideração a necessidade de mitigar efeitos provocados pela crise energética na Europa e pela seca extrema sentida no país”, refere o município, em comunicado, após uma conferência de imprensa com o presidente da autarquia, Luís Nobre.

Das medidas anunciadas pelo autarca, destaque para o lançamento da campanha “Poupar hoje para garantir o amanhã”, que visa a sensibilização “para a poupança energética e de água, envolvendo meios de comunicação social locais, juntas de freguesia, acompanhada de uma campanha de comunicação adaptada”.

“A autarquia vai também implementar um Manual de Boas Práticas para a Poupança de Energia e outro Manual para a Poupança de Água, para utilizadores de edifícios e espaços municipais (escolas, serviços, etc.), assim como para os funcionários municipais para adaptação aos locais de trabalho de um plano interno de poupança energética e de poupança de água”, sublinha o município.

Em relação ao Plano Municipal de Eficiência Energética, a câmara diz que “serão promovidas acções de proximidade e de sensibilização junto dos agentes económicos, apelando à poupança energética, em colaboração directa com a Associação Empresarial de Viana do Castelo”.

A autarquia vai proceder também “à Certificação Energética dos edifícios e à implementação de um sistema de gestão central para aquecimento de espaços públicos, assim como de colectores solares onde é necessária água quente sanitária”.

“Outras das medidas passa por desligar a luz ornamental em todos os espaços públicos a partir da 01h e por desligar fontes públicas que recorram a energia eléctrica. O município vai manter e diminuir nalguns espaços a iluminação pública em zonas urbanas durante a noite, desde que se mantenha a segurança”, lê-se ainda no comunicado.

A Câmara de Viana do Castelo lembra que “tem já diversas medidas implementadas com vista à eficiência energética, mas irá reforçar as mesmas”.

Entre as medidas a implementar “está a consolidação e ampliação da substituição da frota municipal por veículos mais eficientes, e instalação de um sistema de gestão de frota com GPS (para permitir poupança de 10%)”, refere, acrescentando que, “desde 2005, que tem efectuado um conjunto de adaptações neste âmbito”.

“Existem dois autocarros eléctricos que circulam pelo centro histórico; a recolha de resíduos sólidos e limpeza do espaço público é feita com viaturas eléctricas. A frota está a ser substituída, sendo que conta já com 12 viaturas eléctricas, mas também com 20 bicicletas eléctricas, três não eléctricas e cinco trotinetes eléctricas para utilização dos colaboradores municipais”, explica a autarquia.

Outra das medidas visa a instalação de um “sistema de sustentabilidade hídrica em 19 edifícios municipais para redução do consumo de energia na água quente utilizada (principalmente chuveiros) e avançar para uma segunda fase nos restantes edifícios municipais”.

Quanto ao Plano Municipal de Poupança de Água, destaque para a “promoção de acções de proximidade e sensibilização e informação ambiental dirigidas a diversos públicos e faixas etárias para valorização da água como recurso essencial e sensibilizando para um consumo sustentável”.

“Em causa estão alunos das escolas ou comerciantes, em colaboração directa com a Associação Empresarial de Viana do Castelo”, salienta a autarquia.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo anunciou ainda que o município fará uma redução “de 50% de taxas urbanísticas em todas as operações de licenciamento de obras que garantam a construção de reservatórios de águas pluviais”.