Autarquia de Setúbal exige fim de descargas ilegais na zona da Mourisca

Os produtos poluem a linha de água e emanam cheiros considerados nauseabundos que afetam o conforto e saúde das populações residentes, assim como o estuário do Sado, que é uma zona ambientalmente protegida.

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Poluição afecta recursos hídricos
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O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, exige a tomada de medidas imediatas pela administração central que dêem um fim às descargas ilegais na Vala de Brejo de Canes e no Estuário do Sado, na zona da Mourisca.

Numa acção de protesto promovida pela Junta de Freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra no dia 12 de Setembro, o autarca classifica as descargas como um crime ambiental, em que, mesmo sabendo quem são os responsáveis, “as entidades competentes ainda não tomaram as medidas que há muito deveriam ter tomado para acabar com a situação”. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) identificou como responsável o Centro Empresarial Sado Internacional, segundo o presidente da Câmara.

André Martins lamenta que a situação se venha a arrastar desde Maio sem que tenha sido tomada nenhuma medida pelas autoridades competentes quando o caso já foi abordado pela Administração da Região Hidrográfica do Alentejo – entidade da APA –, que é responsável pelas intervenções nos recursos hídricos.

Luís Custódio, presidente da Junta de Freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra condena o condomínio do Centro Empresarial Sado Internacional por se recusar “a receber as entidades oficiais” e “a grande passividade da APA” durante o processo. Sublinha, também, que a população está a sofrer e reforça o facto do rio Sado ter “uma actividade de piscicultura e de produção de ostras que pode ser colocada em causa por negligência e falta de respeito por parte do centro empresarial.”

Os presidentes apelam à população que comunique às autarquias qualquer actividade suspeita relacionada com despejos ilegais para que se possa accionar as entidades competentes.

Texto editado por Ana Fernandes

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