Um violino sem adjectivos no concerto inaugural da Metropolitana

Alina Pogostkina e o seu violino, brilhantemente tocado, numa abertura de temporada da Orquestra Metropolitana que foi um augúrio de bonança.

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Pedro Neves dirigiu magnificamente a Nº1 de Beethoven e a OML revelou as maravilhas dos seus detalhes Marcelo Albuquerque de Lima
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Alina Pogostkina, com o seu violino, deu um espectáculo de graciosidade, potência e virtuosismo Marcelo Albuquerque de Lima
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Maestro Pedro Neves Marcelo Albuquerque de Lima

Foi o começo da temporada 22/23 da Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML). E que começo! O maestro Pedro Neves arrancou depressa, sem esperas, para a Sinfonia n.º 1 de Beethoven, uma obra onde a genialidade espreita, mas ainda contida pelos cânones do classicismo. Poderia dizer-se que paira a sombra de Haydn, mas a verdade é que Beethoven saiu cedo da sombra com ímpeto de titã, como mostra logo esta sinfonia. Pedro Neves dirigiu-a magnificamente, e a OML revelou as maravilhas dos seus detalhes, descobrindo com precisão as articulações e os diálogos entre instrumentos que fazem “falar” a orquestra. Sempre com profundidade, delicadeza, alegria, coisas que fazem bem a Beethoven e dão prazer a quem ouve.

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