A nova definição do ICOM e os “museus-não-museus”
A haver museu, ele deve ser museu, quer dizer, deve possuir os acervos e os saberes que lhe são próprios. Deve saber cumprir as funções específicas dos museus: estudar, conservar, divulgar colecções.
Como se previa, o ICOM aprovou na sua última Assembleia Geral Extraordinária, reunida em Praga, uma nova definição de Museu, aproximada da até aqui em vigor, acrescentando todavia importantes conceitos novos. Alguns são menos perceptíveis (por exemplo, a prioridade conferida à investigação, prévia à incorporação e conservação, algo já adoptado na nossa Lei-Quadro dos Museus); outros são muito mais visíveis, pelo seu maior potencial social: fala-se pela primeira vez em inclusividade, diversidade, sustentabilidade, ética, profissionalismo, participação das comunidades e partilha de conhecimento. O que ficou definitivamente para trás foi a proposta de definição apresentada há três anos, em Quioto, impregnada pela terminologia do que se tem vindo a considerar “activismo”, mas sem efectivo suporte entre a maioria dos membros e, pior ainda, sem correspondência com tudo aquilo para que serve uma definição.
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