Barbara Ehrenreich (1941-2022), a jornalista e activista que desafiou o sonho americano
Escreveu mais de 20 livros sobre as injustiças sociais e as fragilidades do sistema de saúde norte-americano com o objectivo de dar voz às pessoas desfavorecidas. “Como jornalista, procuro a verdade. Mas, enquanto pessoa moral, sou também obrigada a fazer qualquer coisa quanto a isso”, dizia Barbara Ehrenreich.
O que via na América não lhe agradava e não foi capaz de guardar os seus pensamentos “sombrios e furiosos” só para si mesma. Ao longo de meio século, Barbara Ehrenreich escreveu sobre o seu país enquanto activista política e feminista, apontou o dedo, sugeriu melhorias, moveu pessoas. Não descansou até ao dia em que, pela primeira vez, não teve hipótese de contra-argumentar — mas é provável que tenha preferido assim, uma vez que há anos que se achava “velha o suficiente para morrer” e vinha a criticar a relutância da sociedade em aceitar a inevitabilidade da morte. A jornalista e activista morreu no passado dia 1 de Setembro num hospital na Virgínia, depois de um AVC, confirmou a sua filha, Rosa Brooks. Tinha 81 anos.
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