Benfica mantém perfeição na Liga com triunfo em Famalicão

“Encarnados” só sabem ganhar em jogos oficiais nesta temporada. No Minho, impuseram-se por 0-1.

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É a sexta vitória em seis jogos na Liga para o Benfica e a 11.ª em 11 partidas oficiais LUSA/ESTELA SILVA

Seis jornadas, seis vitórias. Emparedado entre jogos da Liga dos Campeões, o Benfica cumpriu a missão, ao impor-se em Famalicão, por 0-1, segurando a liderança isolada do campeonato. Está a ser um arranque de temporada imaculado para os “encarnados”.

O Benfica, já se sabia, jogava no Minho forçado a duas alterações, fruto das expulsões de João Mário e Gonçalo Ramos. E a novidade maior foi a chamada de Julian Draxler ao “onze” — no lugar de Ramos jogou Musa. Longe da condição física ideal, o internacional alemão mostrou pormenores interessantes, mas pouca intensidade e confiança, alternando no apoio ao avançado entre o corredor central e esquerdo.

O Famalicão, que por força do posicionamento de Ivo Rodrigues alternava entre o 4x3x3 e o 4x4x2 sem bola, começou por ser arrojado na pressão e ainda causou algum desconforto inicial às “águias”, mas rapidamente o Benfica aplicou o guião de sempre.

Com muita posse e circulação à largura (nem sempre feita com qualidade), os visitantes criaram perigo por David Neres (4’), Draxler (28’) e Enzo (36’), na melhor jogada colectiva do primeiro tempo, sempre com o guarda-redes Luiz Júnior a responder com eficácia entre os postes.

Era uma equipa paciente mas sem grande dinâmica e o Famalicão, mesmo sem grandes hipóteses de sair em transição, mostrava-se confortável a defender, fechando com competência o bloco. E no último lance do primeiro tempo uma recuperação sobre o corredor esquerdo ainda lhe permitiu alvejar com perigo a baliza, para defesa de Vlachodimos.

Roger Schmidt não perdeu tempo e trocou, logo ao intervalo, a classe ainda sem ritmo de Draxler pela energia muitas vezes sem critério de Diogo Gonçalves. Mais pressionante, e subindo ainda mais o bloco, o Benfica começou a asfixiar o adversário e voltou a pôr à prova as qualidades de Luiz Júnior em dois remates sucessivos (Musa e Neres). Parecia mais perto do golo e a ameaça transformou-se em vantagem aos 63’, quando Grimaldo cruzou tenso para o desvio subtil de Rafa.

Foi o gatilho de que Roger Schmidt precisava para fazer uso mais amplo das soluções que tinha no banco. De uma assentada, Bah, Chiquinho e Rodrigo Pinho (em estreia) saltaram para o relvado, com o Famalicão a responder a 15 minutos do fim, lançando Rui Fonte e Pedro Brazão, para reforçar a presença no ataque e ganhar iniciativa com bola.

As bases do jogo não mudaram, Rui Pedro Silva ainda apostou em Jhonder Cádiz para o ataque, mas o Benfica continuou a condicionar com eficácia a saída de bola dos famalicenses, impedindo-os de ligar sectores. Os níveis de agressividade sem bola, no corredor central, também subiram com a entrada de Aursnes e os anfitriões só pareciam capazes de incomodar em lances de bola parada.

O melhor que o Famalicão conseguiu foi ganhar alguns metros no terreno e manter o adversário mais longe da baliza, até porque o critério com bola baixou no Benfica e os anfitriões travaram estrategicamente uma ou outra arrancada em transição. Mas era pouco para discutir o resultado e evitar que os “encarnados” dessem mais uma prova de solidez.

É a sexta vitória em seis jogos na Liga para o Benfica e a 11.ª em 11 partidas oficiais. Mas a maratona continua, já na quarta-feira, em Turim, naquele que será provavelmente o desafio mais exigente desta primeira fase da era Schmidt.

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