A Bienal de Veneza quer transformar o modo como pensamos na arte
Existe uma outra forma de pensar a arte. Uma forma que não é exclusiva nem dogmática, como estamos habituados a considerá-la, mas que envolve artistas, disciplinas, técnicas, temas, práticas e tempos que não estaríamos habituados a incluir nesta designação. Em Veneza, mudam-se estas e outras ideias feitas.
Parece que há uma máxima, no meio restrito dos grandes, grandes coleccionadores de arte, que diz mais ou menos isto: descobrir em Basileia, confirmar em Veneza, comprar em Nova Iorque. Basileia, porque é aí que decorre a mais importante feira de arte contemporânea do mundo; Nova Iorque, porque será provavelmente a cidade de quem inventou a frase; e Veneza, porque é aqui, durante a Bienal, que se confirma a capacidade de internacionalização de um artista, a segurança do investimento que se faz nele, a certeza de um mínimo de qualidade reconhecido pelos pares. Não nos iludamos: a Bienal de Veneza é também, e muito, uma questão de dinheiro.
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