Transporte ferroviário ultrapassa nível pré-pandemia no segundo trimestre

No segundo trimestre de 2022, os aeroportos nacionais movimentaram 16 milhões de pessoas, abaixo do nível antes da pandemia. Na ferrovia, há ganhos face a 2019.

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Entre Abril e Junho deste ano, foram transportados por comboio 43,4 milhões de passageiros Paulo Pimenta

Depois de um crescimento homólogo em flecha no primeiro trimestre, influenciado pelo encerramento das fronteiras no Inverno de 2021 devido à pandemia, os aeroportos nacionais mantiveram uma forte tendência de crescimento, mas abrandaram a toada. Segundo dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), pelos aeroportos nacionais passaram 16 milhões de passageiros nos meses de Primavera, entre Abril e Junho, correspondendo a um crescimento homólogo de 299,2% no segundo trimestre deste ano.

A recuperação das viagens é uma realidade que acompanha a par e passo a reabertura da economia, depois de dois anos de fortes restrições sobre a actividade e as deslocações. Mas o volume de passageiros movimentados no caso dos aeroportos nacionais, embora tenha quadruplicado face ao mesmo trimestre de 2021, ainda está aquém do que se registava antes da chegada da covid-19, representando uma diminuição de 4,3%, assinala o INE.

O mesmo padrão de crescimento face a 2021 mas, com níveis abaixo do período pré-pandemia, ocorre com pequenas excepções no transporte de passageiros por ferrovia, nos metropolitanos e no transporte fluvial.

Por comboio foram transportados 43,4 milhões de passageiros e por metropolitano foram 54,9 milhões, entre Abril e Junho deste ano. Isso traduz aumentos homólogos de 51,0% e 67,2%, respectivamente. Face a 2019, há variações de mais 0,9% e menos 19,8%, respectivamente. Ou seja, o comboio ganhou passageiros face ao que tinha antes da pandemia e os sistemas de metro perderam.

“O transporte de passageiros por via fluvial aumentou 62,5% relativamente ao segundo trimestre de 2021, atingindo 4,8 milhões de passageiros”, escreve o INE. No primeiro trimestre, o crescimento tinha sido de 105,2% em termos homólogos. Continua, porém, longe dos valores pré-covid, com uma redução de 11,5% em relação ao segundo trimestre de 2019.

No transporte de mercadorias, verifica-se que os volumes transportados superam os níveis antes da pandemia, com excepção do transporte rodoviário. Por ar, mar e carris, as variações face a 2021 e 2019 são todas positivas.

“Por via aérea verificou-se um crescimento de 22,5% face ao segundo trimestre de 2021 (e mais 8,8% comparando com o segundo trimestre de 2019). Na ferrovia, registou-se uma diminuição de 2,1% face ao período homólogo de 2021 mas um aumento de 4,2% face a idêntico período de 2019. Por via marítima, registou-se um acréscimo de 1% face ao segundo trimestre de 2021 e de 1,4% relativamente ao segundo trimestre de 2019. Por rodovia, registaram-se decréscimos face a 2021 (-3,5%) e face a 2019 (-0,8%), tendo sido movimentadas 38,9 milhões de toneladas.”

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