Coração independente
A separação amigável entre Portugal e Brasil tem uma alegoria à altura na figura duplicada de D. Pedro, protagonista tanto da independência do Brasil quanto do constitucionalismo em Portugal, cuja vida resume a contradição entre liberalismo na metrópole e escravismo nas colónias.
Os 200 anos da independência do Brasil serão oficialmente celebrados com a visita do coração de D. Pedro I, suspenso em formol; tal como os 150 anos, em 1972, tinham sido assinalados com a vinda do corpo vazio, aliás, das ossadas, do imperador separatista; e o centenário, em 1922, com o regresso à pátria dos restos mortais do filho, o também imperador D. Pedro II. O que significam estes atos de teatro?
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